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Premiê da Espanha cogita renúncia após acusações contra sua esposa

Begoña Gómez, esposa de Pedro Sánchez, é acusada de usar sua posição para influenciar negócios

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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, negou as alegações de corrupção contra sua esposa, mas disse que considera renunciar ao cargo após o início, nesta quarta-feira (24), de uma investigação judicial sobre acusações de uma plataforma legal de direita de que ela usou sua posição para influenciar negócios.

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Sánchez disse em uma carta postada em sua conta no X que, embora as alegações contra sua esposa Begoña Gómez sejam falsas, ele está cancelando sua agenda pública até segunda-feira (29), quando anunciará se continuará ou renunciará.

"Eu preciso parar e refletir", escreveu Sánchez. "Devo responder à pergunta se vale a pena continuar, dada a lama que a direita e a extrema-direita fizeram de nossa política, se devo continuar no comando do governo ou renunciar a essa maior das honras", completou.

Sánchez, de 52 anos, é primeiro-ministro da Espanha desde 2018. Ele conseguiu formar um novo governo de coalizão de esquerda em novembro para iniciar outro mandato de quatro anos. Ele é um dos líderes socialistas mais antigos da Europa.

Mais cedo na quarta-feira, um juiz espanhol concordou em investigar alegações de corrupção feitas por um grupo privado com histórico de apresentar ações judiciais principalmente para causas de direita. O tribunal sediado em Madrid considerará as alegações e prosseguirá com a investigação ou a rejeitará.

"Begoña defenderá sua honra e colaborará com o sistema de justiça em todos os aspectos necessários para esclarecer que esses fatos que parecem escandalosos são, na verdade, inexistentes", disse Sánchez.

Gómez, de 49 anos, não ocupa cargo público e mantém um perfil político discreto. Manos Limpias, ou "Mãos Limpas", acusa ela de supostamente ter usado sua posição para influenciar negócios. O tribunal não forneceu mais informações e disse que a investigação estava sob sigilo.

O Manos Limpias se descreve como um sindicato, mas sua principal atividade é uma plataforma que busca casos legais. Muitos deles estão ligados a causas de direita. Ele atua como "acusação popular", uma peculiaridade da lei espanhola que permite que indivíduos ou entidades participem de certos casos criminais mesmo quando não foram diretamente prejudicados pelo acusado.

A possibilidade de uma crise governamental surge algumas semanas antes das importantes eleições regionais na Catalunha, seguidas das eleições europeias em junho.

Sánchez acusou sites de notícias online politicamente alinhados com o principal partido conservador de oposição, o Partido Popular, e o partido de extrema direita Vox de espalhar o que chamou de alegações "espúrias" que, segundo ele, levaram à investigação judicial.

O Partido Popular criticou Sánchez por "interpretar o papel de vítima em vez de se responsabilizar".

No mês passado, o órgão fiscalizador do governo da Espanha para conflitos de interesse rejeitou uma reclamação feita pelo Partido Popular contra Sánchez, pelo qual o partido de oposição afirmava que Gómez havia supostamente influenciado seu marido em uma decisão relacionada a uma companhia aérea.

*com informações da Associated Press

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