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Papa diz que manifestações de ódio contra os judeus e o judaísmo são "um pecado contra Deus"

Segundo o pontífice, a guerra entre Israel e o Hamas produziu "na opinião pública mundial atitudes de divisão, que por vezes levam a formas de antissemitismo e antijudaísmo"

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Papa Francisco acenando em audiência geral (Reprodução/Vatican News)
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Em uma carta enviada a uma teóloga do diálogo judaico-cristão, o papa Francisco diz que, para a Igreja Católica, manifestações de ódio contra os judeus e o judaísmo são "um pecado contra Deus". A carta tem data de 2 de fevereiro e foi divulgada neste sábado (3) no jornal L'Osservatore Romano, do Vaticano.

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"O caminho que a Igreja iniciou com vocês, o antigo povo da Aliança, rejeita todas as formas de antijudaísmo e antissemitismo, condenando inequivocamente as manifestações de ódio contra os judeus e o judaísmo, como um pecado contra Deus", ressalta o papa.

A carta foi enviada a Karma Ben Johanan, que esteve entre as promotoras, nas últimas semanas, de um apelo a Francisco, assinado por cerca de 400 rabinos e estudiosos, pela consolidação da amizade judaico-cristã após o ataque do Hamas a Israel ocorrido em 7 de outubro de 2023.

"Meu coração está próximo de vocês, da Terra Santa, de todos os povos que a habitam, israelenses e palestinos, e rezo para que prevaleça sobre todos o desejo de paz. Quero que saibam que estão perto do meu coração e do coração da Igreja", escreveu o papa, dirigindo-se "aos irmãos e irmãs judeus de Israel".

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Na carta ainda, ele pontua que a guerra entre Israel e o Hamas produziu "na opinião pública mundial atitudes de divisão, que por vezes levam a formas de antissemitismo e antijudaísmo".

O pontífice afirma: “Juntamente com vocês choramos pelos mortos, os feridos, os traumatizados, suplicando a Deus Pai que intervenha e coloque o fim à guerra e ao ódio".

Ao final, salienta: "Ainda temos muito que fazer juntos para garantir que o mundo que deixamos aos que vêm depois de nós seja melhor, mas tenho a certeza que podemos continuar a colaborar juntos para esse fim".

Karma Ben Johanan manifestou sincero apreço pela carta e declarou: "Estamos prontos a colaborar para que o ódio e a violência sejam eliminados e as portas da verdadeira paz sejam abertas para todos nós que vivemos nesta terra: judeus, cristãos e muçulmanos. Unimo-nos aos cristãos na crença de que as religiões podem ser uma força criativa capaz de abrir caminhos que de outra forma permaneceriam fechados”.

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