Como é o rito até a posse de Trump na Casa Branca
A certificação dos votos em sessão conjunta no Congresso dos EUA é a última etapa antes da posse, marcada para 20 de janeiro
Patrícia Vasconcellos
Washington DC - Deputados e senadores se encaminharam para a sessão conjunta no Capitólio americano no dia da maior nevasca da década nos Estados Unidos. Nas primeiras horas desta segunda-feira (6), ainda de madrugada, era possível ouvir os caminhões empurrando o excesso de neve das ruas.
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A uma da tarde, pelo horário local, Kamala Harris abriu o plenário. A atual vice-presidente – que perdeu para Trump no dia 5 de novembro do ano passado –, estava ao lado do líder da Câmara, o Republicano Mike Johnson.
A certificação dos votos eleitorais é um processo considerado comum, mas que ganhou destaque há quatro anos. Foi em 6 de janeiro de 2021 que manifestantes invadiram o Capitólio. Donald Trump discursou naquele dia, ainda como presidente, e chegou a ser indiciado em três processos criminais que investigavam o caso. Todos foram suspensos. Trump considera a condenação de muitos invasores incorreta e prometeu perdoar muitos assim que tomar posse. Cada caso será analisado individualmente, segundo o próximo presidente americano.
Joe Biden, que tem agora apenas duas semanas à frente da Casa Branca, escreveu um texto de opinião publicado no jornal The Washington Post que leva o título "O que os americanos devem lembrar sobre o 6 de Janeiro". Biden não cita o oponente político, mas afirma que houve um esforço para mudar a história do país ou apagá-la há quatro anos, o que não aconteceu.
Trump vai discursar na capital americana no dia 19 de janeiro pela primeira vez desde que deixou a presidência. Ele e JD Vance tomam posse no dia 20, também no Capitólio.
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Até o fim da tarde, Trump não havia comentado o rito. Pelas redes sociais, se referiu ao que considera necessário fazer assim que tomar posse: "garantir a segurança das fronteiras, liberar o setor da energia americana e renovar o corte nas taxas". "Mas não vamos aumentar os impostos nas gorjetas (essenciais para o setor de serviço americano). Tudo será feito a partir de países que têm tirado vantagem dos Estados Unidos há anos", disse Trump.
