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No G20, Haddad defende taxação de bilionários e diz que pobreza deve ser combatida como problema global

Ministro da Fazenda fez discurso de abertura da primeira reunião de ministros de finanças e chefes de bancos centrais do G20

No G20, Haddad defende taxação de bilionários e diz que pobreza deve ser combatida como problema global
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"Ao mesmo tempo em que milhões saíram da pobreza, especialmente na Ásia, houve substancial aumento de desigualdades de renda e riqueza em diversos países. Chegamos a uma situação insustentável, em que os 1% mais ricos detém 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os dois terços mais pobres da humanidade", disse o ministro.

+ G20: Ministros de finanças e chefes de bancos centrais se reúnem em São Paulo

Além do combate à fome, pobreza e desigualdades sociais, o ministro também reforçou a posição do Brasil no G20 em favor do desenvolvimento sustentável e reforma da governança global. Dentro deste cenário, ele afirmou que os países ricos não podem "dar as costas" para o mundo e focar apenas em soluções internas.

"Não há ganhadores na atual crise da globalização. Embora, como disse, os países mais pobres paguem um preço proporcionalmente mais alto, seria uma ilusão pensar que países ricos podem dar as costas para o mundo e focar apenas em soluções nacionais. [...] Precisamos entender a mudança climática e a pobreza como desafios verdadeiramente globais, a serem enfrentados por meio de uma nova globalização sócio-ambiental", disse.

O discurso de Haddad reforça também que as nações menos desenvolvidas sofrem mais proporcionalmente pelos impactos da crise da globalização, tanto com as mudanças climáticas, por pouca representação em entidades internacionais e pelo protecionismo de empresas e países ricos, como a alta dos juros após a pandemia da covid-19.

+ Lula viaja à Guiana nesta quarta (28); depois, deve encontrar Maduro em São Vicente e Granadinas

Haddad também defendeu que bilionários devam pagar "uma justa contribuição" em impostos, que poderia funcionar como um "terceiro pilar" para a cooperação tributária internacional.

Ele também reforçou que o debate sobre a dívida global e sustentabilidade social e ambiental são temas "profundamente interligados".

"O endividamento crônico deve ser enfrentado para que os países tenham espaço fiscal para fazer os investimentos necessários para a transição energética, combatam a fome e a pobreza, e atinjam seus próprios objetivos de desenvolvimento", afirmou.

É a primeira vez que o Brasil ocupa a presidência rotativa do G20, grupo que reúne as 20 principais economias do mundo mais a União Africana e a União Europeia. O G20 representa mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global, 75% do comércio e quase 70% da população mundial.

A defesa do Brasil sobre a reforma da governança global, além de maior representatividade, está relacionada à resolução de conflitos. Recentemente, as críticas focaram no Conselho de Segurança das Nações Unidas e no poder de veto concedido a alguns países do comitê, que tem dificultado a busca de soluções para os conflitos entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza, e a guerra entre a Rússia e Ucrânia no Leste Europeu.

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