Publicidade
Mundo

Negociações sobre tratado global contra poluição plástica terminam sem acordo

Países enfrentam impasse sobre restrições à produção do material e produtos químicos tóxicos

Imagem da noticia Negociações sobre tratado global contra poluição plástica terminam sem acordo
Hoje, 11 milhões de toneladas de plástico fluem para os nossos oceanos | Divulgação/WWF Brasil
• Atualizado em
Publicidade

As negociações para a criação de um tratado global de combate à poluição plástica terminaram sem acordo nesta sexta-feira (15). O debate, que reuniu representantes de 185 países, aconteceu em Genebra, na Suíça.

+ Brasil é 8º maior poluidor de plástico do mundo, diz estudo

O tema é discutido desde 2022, quando a Assembleia do Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU) publicou a primeira resolução do tratado, abordando o ciclo de vida completo do plástico. Os países esperavam concluir o acordo em 2024, mas ainda não conseguiram chegar num consenso sobre o tema.

Segundo o presidente do Comitê de Negociações, Luis Vayas Valdivieso, o impasse desta vez foi causado pelo rascunho final do tratado. Enquanto alguns países defenderam a redução da produção global de plástico, outros, muitos produtos de petróleo, apoiaram um acordo focado em uma melhor gestão e reutilização de resíduos.

Ao todo, 460 milhões de toneladas de lixo plástico são produzidas por ano, sendo um terço composto por embalagens, sobretudo descartáveis. A previsão do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) é que a produção plástica triplique até 2060 caso nada seja feito, trazendo impactos significativos na fauna marinha e na vida humana.

Os países se mostraram decepcionados com o impasse nas negociações. Cuba, por exemplo, disse que as nações “perderam uma oportunidade histórica”, frisando que “o planeta e as gerações presentes e futuras precisam deste tratado”. Já Palau expressou frustração por investir nas negociações e “voltar para casa com progresso insuficiente”.

+ Trump assina ordem executiva que incentiva consumo de canudos de plástico nos EUA

Outro Estado que se demonstrou descontente foi a França, alertando que a poluição plástica é uma “bomba-relógio para a saúde”. “Não podemos mais fechar os olhos: se não mudarmos nada, a produção de plástico triplicará até 2060 e, com ela, doenças, sofrimento e vidas arruinadas. Os países produtores de petróleo e seus aliados optaram por ignorar o assunto. Nós optamos por agir”, disse.

Publicidade

Assuntos relacionados

Mundo
plástico
Poluição
ONU
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade