Lideranças do Hamas afirmam que vão analisar uma proposta de cessar-fogo em Gaza
Libertação dos reféns que ainda estão na Faixa de Gaza estaria entre possíveis termos do acordo
Enquanto cresce a tensão no Oriente Médio, lideranças do Hamas afirmaram que vão analisar uma proposta de cessar-fogo em Gaza.
Nesta quarta-feira (31), houve uma pequena luz no fim do túnel. Ismail Haniyeh, oficial do Hamas, viajou para o Egito para uma conversa com mediadores, que poderá ser a última antes de um acordo, que envolveria um cessar-fogo e a libertação dos reféns que ainda estão na Faixa de Gaza.
A libertação seria em duas etapas: primeiro, os civis e depois, os militares. Ainda não está claro se seria uma pausa ou o fim definitivo dos ataques e quantos palestinos mantidos em prisões israelenses também seriam libertos.
O grande entrave vem dos extremistas. Do lado palestino, há os que defendem a destruição do estado de Israel, já do lado israelense, tem gente como o ministro da Segurança Nacional, Ben Gvir, que taxa todos os palestinos de terroristas. Ele participou de um evento da extrema-direita do país e defendeu que Israel volte a colonizar e controlar a Faixa de Gaza.
Mães de sequestrados pelo Hamas protestaram em frente à Embaixada dos Estados Unidos em Israel. "Nenhum tipo de auxílio deveria entrar em Gaza. O que eles chamam de ajuda humanitária é, na verdade, combustível para os terroristas", disse uma delas.
Responsável pela distribuição, a ONU está pressionada após acusações do envolvimento de funcionários nos ataques de 7 de outubro. Houve demissões e promessas de investigação. Países do ocidente suspenderam repasses de verba, mas a Noruega é contra a medida.
"Soldados israelenses atiraram contra civis com bandeiras brancas, mas eu não vi doações serem suspensas pra Israel enquanto eles investigam o que aconteceu", disse Jan Egeland, do conselho norueguês para refugiados.