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Judeus ultraortodoxos protestam contra alistamento obrigatório no exército israelense

Supremo Tribunal aprovou decisão que revoga isenção do grupo do serviço militar; governo busca por mais soldados para guerra contra o Hamas

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Milhares de judeus ultraortodoxos foram às ruas em Jerusalém, na quinta-feira (11), protestar contra a decisão do Supremo Tribunal que obrigou o alistamento militar. Até então, o grupo era isento do serviço militar obrigatório por questões religiosas, mas, devido à guerra de Israel contra o Hamas, na Faixa de Hamas, a norma foi revogada.

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O protesto ocorreu em frente a um dos escritórios de inscrição do exército. Os manifestantes defenderam que o serviço militar é incompatível com os valores dos judeus ultraortodoxos e que a norma pode desencadear uma guerra fratricida – quando habitantes de um mesmo país ou membros de um mesmo povo entram em conflito armado.

Na manifestação, os judeus levaram cartazes com dizeres como “preferimos morrer em vez de recrutar” e “para a cadeira e não para o exército”. Em um determinado momento do protesto, houve confusão e os manifestantes entraram em confronto com a polícia.

“A decisão do Supremo Tribunal destrói os fundamentos da identidade judaica do Estado de Israel. Os juízes querem eliminar o ramo de existência do povo judeu. O povo de Israel está envolvido numa guerra de existência em diversas frentes e os juízes fizeram tudo para criar também uma guerra fratricida”, disse Aryeh Deri, chefe do partido Shas.

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A decisão de revogar a isenção dos judeus ultraortodoxos no serviço militar acontece após pressão do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Em março, ele pediu aos legisladores que aprovassem uma legislação que acabasse com as dispensas, alegando que o exército está precisando de mão de obra. “É uma questão de matemática”, disse.

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