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Irã e Estados Unidos retomam negociações sobre programa nuclear do Teerã

Segunda rodada de conversas ocorre com mediação de Omã em meio a tensões no Oriente Médio

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Irã e Estados Unidos iniciaram neste sábado (19) uma segunda rodada de negociações sobre o programa nuclear de Teerã. O encontro acontece na embaixada de Omã, em Roma, Itália.

As negociações durante o feriado da Páscoa giram novamente em torno de Steve Witkoff, bilionário norte-americano e enviado do presidente Donald Trump para o Oriente Médio, e do chanceler iraniano Abbas Araghchi.

O fato de as negociações estarem acontecendo já representa um momento histórico, considerando as décadas de inimizade entre os dois países desde a Revolução Islâmica de 1979 e a crise dos reféns na embaixada dos EUA. Em seu primeiro mandato, Trump retirou unilateralmente os EUA do acordo nuclear com o Irã em 2018, desencadeando anos de ataques e tentativas fracassadas de restaurar o pacto que limitava drasticamente o enriquecimento de urânio em troca da suspensão de sanções econômicas.

No acordo nuclear de 2015, o Irã estava limitado a manter um pequeno estoque de urânio enriquecido a 3,67%. Atualmente, o país já possui material enriquecido a até 60%, próximo ao nível necessário para armamento, o que tecnicamente permitiria a produção de várias armas nucleares. Desde a retirada dos EUA do acordo, o Irã sinaliza que pretende manter o enriquecimento de urânio ao menos até 20%.

O que está em jogo nas tratativas deste sábado é a possibilidade de um ataque militar dos EUA ou de Israel aos sites nucleares do Irã — ou a de Teerã cumprir suas ameaças de buscar uma arma atômica.

“Sou a favor de impedir que o Irã tenha uma arma nuclear, muito simplesmente”, disse Trump na sexta-feira (18). “Quero que o Irã seja grande, próspero e incrível.”

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, escreveu no sábado na rede social X que o Irã “sempre demonstrou, com boa-fé e senso de responsabilidade, seu compromisso com a diplomacia como forma civilizada de resolver questões”.

“Sabemos que não é um caminho fácil, mas damos cada passo com os olhos abertos, contando também com experiências passadas”, acrescentou.

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