Hamas irá libertar mais três reféns israelenses como parte do cessar-fogo em Gaza
Libertação acontecerá neste sábado (1°) e inclui o primeiro grupo de homens civis desde o início da trégua
Thiago Ferreira
Sérgio Utsch
No local conhecido como Praça dos Reféns, em Tel Aviv, um cronômetro marca os dias de cativeiro para quase 100 sequestrados que ainda estão sob o poder do Hamas. Para as famílias de três deles, a espera terminou neste sábado. Esses reféns fazem parte do primeiro grupo de homens civis libertados nesta fase do acordo de cessar-fogo.
O governo brasileiro, por meio de uma nota oficial, afirmou que acompanha com satisfação a volta dos reféns e também celebrou a libertação de um menor brasileiro-palestino. Ele estava entre os 110 prisioneiros soltos na última troca e havia sido detido sob o regime de detenção administrativa, sem julgamento ou acusação formal.
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Enquanto isso, na Faixa de Gaza, milhares de pessoas tentam retornar para suas casas ou para o que restou delas. A situação humanitária se agrava com a ameaça da suspensão da ajuda das Nações Unidas, após Israel ter banido a agência da ONU para refugiados.
O governo israelense acusa a organização de envolvimento nos ataques terroristas ao país, depois que nove funcionários apareceram como suspeitos. A ONU, por sua vez, prometeu investigar o uso de uma de suas instalações, que teria sido tomada pelo Hamas para manter reféns.
Apesar das tensões, há um consenso entre governos europeus sobre a necessidade de apoio das Nações Unidas à população de Gaza e da Cisjordânia. Nesta sexta-feira, Reino Unido, França e Alemanha publicaram um comunicado conjunto em defesa da agência da ONU que presta assistência aos refugiados palestinos. Os países pedem que Israel cumpra suas obrigações conforme o direito internacional e garanta a chegada rápida e segura da ajuda humanitária à população civil.