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Haiti declara estado de emergência e impõe toque de recolher após fuga de milhares de detentos

Criminosos deixaram as duas maiores prisões do país após gangues armadas invadirem os locais

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O governo do Haiti decretou, no domingo (3), estado de emergência e toque de recolher noturno por três dias. A decisão ocorreu um dia depois que gangues armadas invadiram as duas maiores prisões do país, permitindo que mais de 3 mil criminosos de alta periculosidade, incluindo assassinos e sequestradores, fugissem das instalações.

O decreto foi assinado pelo ministro da Economia, Patrick Boisvert. Ele está no comando do Haiti enquanto o primeiro-ministro, Ariel Henry, viaja ao Quênia para tentar assinar um acordo de envio de força policial. A iniciativa faz parte de uma missão apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para restabelecer a ordem no país.

"O governo declara o estado de emergência com o objetivo de restabelecer a ordem e tomar as medidas adequadas para recuperar o controlo da situação. Com isso, as forças de segurança receberam ordens para utilizar todos os recursos legais à disposição para fazer cumprir o toque de recolher e prender todos os infratores", disse Boisvert.

O Haiti vem enfrentando uma grave crise política e de segurança desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021. A violência é causada por gangues armadas, que assumiram o controle de várias áreas do país, incluindo a capital, Porto Príncipe.

Desde quinta-feira (29), as gangues atacam locais estratégicos da capital, alegando que pretendem derrubar o governo de Henry. O premiê assumiu o cargo após o assassinato de Moïse e, desde então, vem adiando repetidamente os planos de realizar eleições parlamentares e presidenciais - que não acontecem há quase uma década.

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A invasão aos presídios ocorreu no sábado (2), deixando presos e funcionários do sistema penitenciário feridos. Para atrasar o trabalho dos policiais, os fugitivos montaram bloqueios com pneus incendiados nas estradas. O serviço de internet também caiu para muitos moradores após um cabo de fibra óptica ser cortado durante o tumulto.

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