Greve de funcionários interdita Torre Eiffel e afasta turistas
Sindicato denuncia gestão insustentável do monumento pela Câmara Municipal de Paris
Os turistas que desejarem visitar a Torre Eiffel, em Paris, devem ficar atentos nos próximos dias. Isso porque o monumento está fechado desde segunda-feira (19), devido à uma greve de trabalhadores, e não tem prazo para voltar a funcionar. A paralisação é de autoria da Confederação Geral do Trabalho (CGT), sindicato dos funcionários da torre.
+ Rússia acusa países ocidentais de politizarem morte de Alexei Navalny
No site da Torre Eiffel, é possível acompanhar as informações sobre as visitações. O site aconselha os turistas a verificarem as datas com antecedência ou adiar a visita, enquanto aqueles com e-tickets já adquiridos devem verificar os e-mails. Há também uma placa colocada perto do monumento que informa o fechamento temporário.
"Isso pode durar vários dias e, acima de tudo, esperamos não ter que entrar em greve durante os Jogos Olímpicos", alertou Denis Vavassori, representante sindical dos trabalhadores da empresa operadora da Torre Eiffel (SETE).
Ele explica que a greve tem como alvo a Câmara Municipal de Paris, acionista majoritária da SETE, que está realizando uma gestão “insustentável”, causando um desequilíbrio entre receitas e despesas. A torre não é pintada há 14 anos e algumas das obras estão atrasadas, gerando 120 milhões de euros em custos adicionais devido à inflação.
"Mal concluímos 30% da campanha de pintura, que custou 85 milhões de euros, quando o orçamento base era de 50 milhões de euros. Tem ferrugem, elevadores sem reforma, brilhos que não serão renovados, etc", disse Vavassori. Segundo ele, o pedido é para que a Câmara garanta a sustentabilidade do monumento, bem como da empresa responsável.