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Governo Trump tira celulares, computadores e outros eletrônicos de 'tarifas recíprocas'

Medida isenta produtos populares como iPhones. Wall Street Journal usou como exemplo o protecionismo do Brasil para criticar a elevação das tarifas por Trump

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Gigantes como Apple e Volkswagen amargam perdas bilionárias após novas tarifas de Trump | Foto: Reprodução
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A administração do presidente Donald Trump anunciou, na noite de sexta-feira (11), a exclusão de diversos eletrônicos como smartphones e laptops das chamadas 'tarifas recíprocas'. A mudança deve ajudar a manter os preços de produtos populares, como iPhones, mais baixos, especialmente aqueles que não são fabricados no país.

Segundo a agência Associated Press, a decisão beneficia diretamente grandes empresas de tecnologia, como Apple e Samsung, além de fabricantes de semicondutores como a Nvidia. Cerca de 90% dos iPhones são produzidos e montados na China.

De acordo com o Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, produtos como celulares, notebooks, discos rígidos, monitores de tela plana e determinados chips eletrônicos poderão ser isentos da tarifa. Máquinas usadas na fabricação de semicondutores também foram incluídas na lista de exceções.

Com isso, esses itens não serão mais taxados com as tarifas de 145% aplicadas à China, nem com a tarifa-base de 10% aplicada a outros países.

Essa é mais uma alteração nas políticas tarifárias da gestão Trump, que pausou a implementação das tarifas adicionais por 90 dias e manteve uma tarifa mínima de 10% para todos os países – exceto à China, que retaliou elevando para 125% as tarifas sobre produtos dos EUA.

Protecionismo à la brasileira

Em artigo publicado neste sábado (12), o jornal norte-americano Wall Street Journal usou as barreiras comerciais impostas pelo Brasil para oferecer um vislumbre de como seria os Estados Unidos com um sistema econômico semelhante.

Segundo o jornal, o Brasil aplica políticas protecionistas desde a Segunda Guerra Mundial, com altas tarifas de importação e barreiras comerciais que encarecem produtos estrangeiros e visam proteger a indústria nacional. Apesar disso, a estratégia não impulsionou a produção industrial nem a competitividade: a participação da indústria no PIB caiu de 36% em 1985 para cerca de 14% hoje.

O modelo, semelhante ao defendido por Donald Trump, resultou em altos preços para consumidores, baixa produtividade e falhou em tornar o Brasil uma potência econômica, pontuou o jornal.

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