Governo Lula decide vetar entrada da Nicarágua nos BRICS e avalia barrar Venezuela
Decisão sobre entrada de novos países no bloco deve ocorrer nesta quinta-feira. Celso Amorim já disse ser contrário à aprovação do país comandado por Maduro
O governo Lula decidiu vetar a entrada da Nicarágua nos BRICS. É o que relataram ao SBT News fontes do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores. A relação entre os dois países está estremecida desde agosto, quando o governo de Daniel Ortega expulsou o embaixador do Brasil em Manágua por ele não ter participado de um evento em alusão à revolução sandinista, em julho passado.
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A reunião para debater a chegada de novos membros ocorrerá nesta terça-feira (22). Quanto ao pleito sobre a entrada da Venezuela no grupo, a situação é mais incerta.
O assessor da área internacional da Presidência da República, Celso Amorim, defende o veto ao país governado pelo ditador Nicolás Maduro. O presidente Luiz Inácio Lula também está inclinado a seguir essa linha com relação ao seu antigo aliado regional.
No entanto, há vozes dentro da diplomacia brasileira que se opõem ao veto, o que torna a decisão ainda indefinida. A expectativa é que essa questão seja resolvida nesta terça-feira.
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Os BRICS devem criar nesta semana um grupo de países parceiros do bloco. Além de Nicarágua e Venezuela, outras 30 nações pleiteiam aderir ao grupo. Entre eles, estão Turquia, Bolívia, Nigéria, Marrocos, Cuba e Argélia.
Na diplomacia brasileira, a tendência é de se votar favorável aos países que possam ajudar na sustentação de um colegiado multipolar e pacífico.