Governo dos EUA entra com ação para obrigar a Live Nation a vender a Ticketmaster
Autoridades antitruste alegaram que as empresas monopolizaram ilegalmente a indústria de eventos ao vivo
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e outros 30 estados processaram a Live Nation buscando forçar a empresa a vender a Ticketmaster, maior vendedora de ingressos do mundo.
As duas gigantes do entretenimento anunciaram a fusão em 2010. Para que o negócio fosse fechado, o Departamento de Justiça impôs condições para garantir a livre concorrência. Segundo o governo americano, estas regras não estão sendo cumpridas.
Em uma ação apresentada nesta quinta-feira (23) num tribunal federal de Nova York, as autoridades antitruste alegaram que a Live Nation e a Ticketmaster monopolizaram ilegalmente a indústria de eventos ao vivo, se envolvendo em uma variedade de práticas anticompetitivas – o que inclui fechar espaços para shows em contratos exclusivos de longo prazo e retaliar rivais e locais que buscam usar alternativas. Práticas que, de acordo com o Procurador-Geral dos Estados Unidos, configuram monopólio.
"O resultado é que os fãs pagam mais e os artistas têm menos oportunidades de se apresentar", afirmou Merrick Garland.
No ano passado, uma acusação semelhante foi levada ao Congresso Americano. O motivo foi uma série de problemas na compra de ingressos para shows da cantora Taylor Swift, vendidos pela Ticketmaster, e que se esgotaram em poucos minutos.
O Departamento de Justiça também acusa a empresa de cobrar taxas que não são repassadas aos artistas e elevam - e muito - o preço dos ingressos. Agora, o governo americano quer que a Live Nation venda a Ticketmaster.
A companhia classificou o processo como "absurdo" e afirmou que a ação na Justiça não vai reduzir os preços dos ingressos, que, segundo a Live Nation, são definidos pelos próprios artistas.