Freira brasileira considerada a pessoa mais velha do mundo morre aos 116 anos
Gaúcha recebeu título do Guinness World Records no início de 2025; britânica Ethel Caterham ocupará posição

Camila Stucaluc
A freira brasileira Inah Canabarro Lucas, considerada a mulher e a pessoa mais velha do mundo pelo Guinness World Records, morreu aos 116 anos na quarta-feira (30). A informação foi confirmada pelo LongeviQuest– autoridade global em longevidade humana máxima.
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Inah Canabarro Lucas nasceu em 8 de junho de 1908, no município gaúcho de São Francisco de Assis (RS), a cerca de 430 km da capital Porto Alegre. Aos 16 anos, iniciou sua trajetória religiosa no internato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento.
Inah mudou-se para Montevidéu, Uruguai, onde foi confirmada na Igreja Católica em 1º de outubro de 1929, aos 21 anos. Em 1930, retornou ao Brasil para ensinar português e matemática na Tijuca, no Rio de Janeiro. Ela renovou seus votos em 1932 e novamente em 1933, e em 27 de julho de 1934, aos 26 anos, fez seus votos perpétuos, tornando-se oficialmente freira.
Ao longo dos anos, Inah trabalhou como professora e secretária em Santana do Livramento. Em 1980, ingressou na Casa Provincial de Porto Alegre, onde continuou sua missão religiosa e educativa. Ao completar 110 anos, em 2018, ela recebeu uma bênção apostólica do Papa Francisco.
Inah recebeu o título de pessoa viva mais velha do mundo no início de 2025, após a morte da japonesa Tomiko Itooka, também aos 116 anos. Quando questionada sobre o segredo de sua longevidade, a freira atribuiu ao Senhor, dizendo que Ele a ajudou a viver tantos anos. "Ele é o segredo da vida. Ele é o segredo de tudo", disse em entrevista à equipe LongeviQuest.
Novo título

Com a morte de Inah, a britânica Ethel Caterham, de 115 anos, tornou-se a pessoa viva mais velha do mundo. Nascida em Hampshire, na Inglaterra, ela era a segunda mais nova de oito filhos. Sua irmã mais velha, Gladys Babilas viveu até os 104 anos.
Ethel foi casada com o major Norman Caterham, falecido em 1976. Viúva, herdou a Triumph Dolomita de seu marido e continuou dirigindo-a até os 97 anos. Ela permaneceu ativa até a velhice, jogando bridge regularmente como centenária, e sobreviveu à morte de suas duas filhas, Gem e Anne.
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Hoje, aos 115 anos, Ethel continua com boa saúde. Seu passatempo favorito é sentar-se em silêncio em seu jardim (apropriadamente chamado de jardim de Ethel em sua homenagem) ao sol ouvindo pássaros, ou sentar-se em silêncio relaxando em seu quarto ouvindo música clássica.