Franceses recebem tocha olímpica em Atenas, na Grécia
Revezamento no país sede da Olimpíada de 2024 deve passar por mais de 400 cidades
João Venturi
A exatos três meses da Olimpíada, o maior símbolo dos jogos já está com os franceses. Uma cerimônia em Atenas, na Grécia, marcou a passagem da tocha para os anfitriões.
A festividade foi mais um capítulo para a história do mítico estádio Panathinaiko, sede dos primeiros jogos da era moderna, em 1896.
Desde que foi acesa, há 10 dias, a tocha percorreu cinco mil quilômetros na Grécia, passando por cidades, ilhas e sítios arqueológicos.
Os últimos metros foram conduzidos pelo time grego de polo aquático, medalha de prata nos jogos de Tóquio, em 2021. O capitão, Ioannis Fountoulis acendeu o caldeirão, dando sequência ao revezamento.
Agora a chama olímpica sai da Grécia para cruzar o Mar Mediterrâneo e partir rumo à França, país sede dos jogos. O revezamento da tocha começa pelo sul, em Marselha, e vai percorrer mais de 400 cidades francesas até chegar ao destino final: Paris.
Enquanto a chama se aproxima, autoridades francesas seguem planejando a cerimônia de abertura, que vai contar com o maior esquema policial já montado no país. A previsão é que 45 mil agentes cuidem da segurança.
O chefe da prefeitura da polícia da capital francesa disse que a partir de junho será implantado um perímetro de proteção no entorno do Rio Sena, palco principal do evento. A área de isolamento vai chegar a seis quilômetros, cortando a cidade ao meio, para prevenir atos terroristas.
Tanta preocupação tem gerado desconforto em parte da população, principalmente depois do anúncio da criação de um QR Code, que passa a valer já a partir de maio. Nele, estarão cadastradas informações pessoais que vão comprovar se a pessoa reside na capital francesa ou se é turista.
Sem o QR Code, o cidadão não poderá passar pelas barreiras policiais. O controle será o mesmo para quem circular pelas instalações olímpicas ou frequentar regiões consideradas de risco.