Forças israelenses avançam no sul de Gaza e bombardeiam Rafah
Região é abrigo de metade dos 2,2 milhões de moradores; Agências humanitárias alertam para catástrofe humanitária
Israel bombardeou áreas na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira (8). A região é o principal abrigo dos palestinos, uma vez que o exército israelense obrigou a retirada dos moradores do Norte para avançar na ofensiva contra o Hamas. Atualmente, estima-se que metade dos 2,2 milhões dos habitantes estejam no local.
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Além de bombardeios aéreos, tanques lançaram ataques em áreas no leste de Rafah, intensificando o terror de moradores. Agências humanitárias alertaram para uma catástrofe humanitária caso Israel avance na região. As ações também podem intensificar a situação na fronteira com o Egito, uma vez que os palestinos não têm mais para onde ir.
“Estou alarmado com as notícias de que os militares israelitas tencionam concentrar-se em seguida em Rafah. Tal ação aumentaria exponencialmente o que já é um pesadelo humanitário com consequências regionais incalculáveis”, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
O avanço das forças israelenses em Rafah acontece um dia após o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, rejeitar uma proposta para acabar com a guerra. Em declaração, o premiê afirmou que os termos propostos pelo Hamas para um cessar-fogo, que incluíram a retirada das tropas israelenses em troca da libertação de reféns, eram “delirantes”.
Netanyahu prometeu lutar, dizendo que a vitória estava quase ao alcance. “O dia seguinte é 1 dia a mais para o Hamas. Render-se às condições delirantes do Hamas levará a outro massacre e trará uma grande tragédia para Israel que ninguém estaria disposto a aceitarl”, disse o premiê. “Não vamos aceitar nada além de vitória total”, frisou.