Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, morre aos 100 anos
Informação foi confirmada ao jornal 'The Washington Post' por seu filho
SBT News
Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos entre 1977 e 1981, faleceu neste domingo (29), aos 100 anos. A confirmação foi feita por seu filho ao jornal norte-americano "The Washington Post".
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Membro do Partido Democrata, Carter iniciou sua trajetória política como senador estadual e governador da Geórgia antes de assumir a presidência. Seu mandato foi marcado por uma grave crise econômica e pelo destaque em iniciativas de promoção da paz global.
Durante sua gestão, enfrentou uma crise diplomática com o Irã, que culminou no sequestro de 52 cidadãos americanos na embaixada dos EUA em Teerã, em 1979. Os reféns foram libertados 444 dias depois, já no início do governo de Ronald Reagan, episódio que abalou a popularidade de Carter, criticado pela condução do caso.
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Após deixar o cargo, Carter manteve uma atuação ativa por meio da Fundação Carter, criada em 1982, dedicando-se a causas humanitárias e a missões diplomáticas em diversos países. Em 2002, foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho em prol dos direitos humanos e da resolução pacífica de conflitos.
A trajetória de Jimmy Carter
James Earl Jimmy Carter Junior nasceu em 1º de outubro de 1924, em Plains, Geórgia. Filho de um fazendeiro e de uma enfermeira, formou-se em Ciências pela Academia Naval dos Estados Unidos em 1946. Iniciou sua trajetória política como líder comunitário e foi senador estadual e governador da Geórgia, sendo destaque na defesa dos direitos civis.
Em 1976, foi eleito o 39º presidente dos Estados Unidos, exercendo o cargo até 1981. Seu governo marcou avanços nas relações diplomáticas, incluindo o reconhecimento oficial da China e os Tratados de Camp David. No entanto, enfrentou críticas pela condução da crise dos reféns no Irã, quando 52 funcionários americanos foram mantidos sequestrados por 444 dias.
Em 1979, paramilitares s iranianos capturaram os funcionários na Embaixada dos EUA em Teerã. Publicamente, Carter saiu parecendo fraco aos olhos da população depois que uma missão de resgate militar que ele ordenou em 1980 terminou em fracasso com oito soldados americanos morrendo em um acidente de aeronave.
O presidente foi criticado pela forma desastrosa como lidou com a situação: após falhar no diálogo diplomático, autorizou uma operação militar sem sucesso que resultou em oito mortes, inclusive a de um civil iraniano.
Após deixar a presidência, Carter fundou a Fundação Carter, dedicando-se a causas humanitárias, monitoramento eleitoral e mediação de conflitos. Em 2002, recebeu o Prêmio Nobel da Paz por sua atuação em prol dos direitos humanos.