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Ex-ditador peruano Alberto Fujimori morre aos 86 anos

Condenado por corrupção e violação de direitos humanos, Fujimori planejava se candidatar em 2026

Imagem da noticia Ex-ditador peruano Alberto Fujimori morre aos 86 anos
Alberto Fujimori | Foto: Reprodução/Youtube
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O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori morreu nesta quarta-feira (11) aos 86 anos. A causa da morte do político, que tinha um câncer na língua, não foi divulgada.

Condenado por corrupção e violação de direitos humanos, Fujimori governou o país de 1990 a 2000 e acumulava processos de massacres sob seu comando, mas ainda é visto com bons olhos por muitos peruanos.

Foi condenado em 2008 a 25 anos de prisão por comandar grupos responsáveis por sequestros, tortura e mortes, além do esquema de corrupção. Após 16 anos preso, em dezembro de 2023, o Tribunal Constitucional do Peru o liberou para cumprir o resto da pena em casa.

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Fundador do partido Força Popular — ainda hoje o mais forte do país —, o ditador chegou a anunciar nas redes sociais o seu retorno à política em junho de 2024 e já estava sendo cotado para lançar candidatura do Senado ou à Presidência em 2026, mas foi internado com uma fratura no quadril após uma queda.

Vida e política

Nascido em Lima, em 28 de julho de 1938, Alberto Fujimori era filho de imigrantes japoneses. Formado em engenharia agrônoma pela Universidade Nacional Agraria La Molina, fez especializações em física e matemática na França e nos Estados Unidos.

Em 1974, casou-se com Susana Higuchi, também nipo-peruana, e teve quatro filhos — dois deles seguiram o pai na carreira política.

No Peru, já foi apresentador do programa de TV "Consertando" e em 1989 lançou sua candidatura à presidente, vencendo o segundo turno contra o escritor Mario Vargas Llosa.

Em 1992, Fujimori deu o chamado autogolpe, fechando o parlamento, com apoio militar e passou a comandar um regime de exceção com um alto apoio popular. Neste ano, conseguiu prender Abimael Guzmán, líder do Sendero Luminoso, grupo que deu início ao conflito armado no Peru.

Em 1995 foi reeleito com 64% contra o ex-secretário-geral da ONU Javier Pérez de Cuéllar. Após 10 anos no poder, o ditador renunciou, deixou o país e fugiu para o Japão, já que tinha dupla nacionalidade. Só retornou ao Peru em 2005, durante uma visita ao Chile quando foi detido e extraditado.

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