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Correspondente do SBT fala dos bastidores das eleições americanas: "como uma montanha-russa"

Repórter Patrícia Vasconcellos relata como foi cobrir um campanha com debates polarizados, desistência e até um atentado a tiros

Imagem da noticia Correspondente do SBT fala dos bastidores das eleições americanas: "como uma montanha-russa"
Patrícia Vasconcellos relata a cobertura das eleições presidenciais nos EUA em 2024 | Reprodução
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"Cobrir as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024 foi como estar em uma montanha-russa, com reviravoltas, momentos intensos e acontecimentos históricos".

É assim que a repórter Patrícia Vasconcellos, em depoimento para a Retrospectiva do SBT, descreve sua experiência na campanha, marcada por episódios que vão de uma desistência [de Joe Biden, do Partido Democrata] a um atentado a tiros [contra Donald Trump, do Partido Republicano] em meio à campanha.

+ Donald Trump é alvo de ataque durante comício na Pensilvânia

Os primeiros capítulos: primárias e o cenário inicial

“Lá no começo de 2024, havia a certeza de que Joe Biden seria o candidato democrata para a reeleição. Do lado republicano, Donald Trump era o favorito nas primárias, sem adversários à altura. Tudo começou a esquentar mesmo a partir do meio do ano”, relata Patrícia.

O ponto de virada veio em 27 de junho, no único debate entre os dois principais candidatos. "Biden parecia cansado, e isso aumentou a pressão para que deixasse a corrida. Mas ele insistiu, dizendo que todos têm dias ruins."

Um atentado e o impacto na campanha

Em 13 de julho, um atentado em um comício de Trump na Pensilvânia abalou ainda mais a disputa. “Eu estava de plantão naquele dia, pronta para qualquer eventualidade. A notícia chegou e, em 15 minutos, já estávamos ao vivo no SBT Brasil, cobrindo tudo em tempo real”, lembra.

O ataque aconteceu poucos dias antes da Convenção Republicana, onde Trump e JD Vance foram confirmados como candidato à presidência e vice. "Foi marcante ver Trump subir ao palco com um curativo na orelha, resultado do disparo que o feriu de raspão, e aceitar oficialmente a candidatura."

Uma reviravolta inesperada no Partido Democrata

Logo após a convenção republicana, uma nova surpresa: em 21 de julho, Joe Biden anunciou que não concorreria à reeleição, declarando apoio à vice-presidente Kamala Harris como candidata democrata. “Foi um choque, até para nós que acompanhamos de perto. Lembro de entrar ao vivo no Domingo Legal, diretamente da sala de imprensa da Casa Branca, para dar a notícia.”

Em agosto, Harris foi oficialmente confirmada como candidata na Convenção Democrata, ao lado de Tim Walz, como vice. A corrida pela Casa Branca ganhou um novo formato.

Vitória de Trump

As eleições, realizadas em 5 de novembro, seguiram o modelo tradicional dos EUA, com votação antecipada e pelo correio. “A expectativa era de uma apuração longa, como em 2020. Mas, por volta das 3h30 da manhã, The Hill anunciou que a Pensilvânia havia virado para Trump, selando sua vitória", disse a correspondente.

Patrícia, ao vivo do jardim da Casa Branca, encerrou sua cobertura com a notícia que marcaria os próximos anos da política americana.

“Foi uma experiência intensa, cheia de desafios e momentos históricos. Em 2025, continuaremos acompanhando de perto a política dos EUA para o público brasileiro", anunciou.

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