CIA estima que Irã tenha mais militares na ativa do que Israel; compare
Israelenses, no entanto, teriam 90 armas nucleares em seu inventário
Um relatório da CIA — o serviço de Inteligência dos Estados Unidos — aponta que o governo de Israel contava com aproximadamente 170 mil militares na ativa em 2023. Na época, eram 130 mil forças terrestres; 10 mil navais e na 30 mil na força aérea.
Quanto às armas, a maior parte do inventário do governo israelense é composta por armas produzidas internamente ou importadas da Europa e dos Estados Unidos. O documento destaca que os americanos têm sido o principal fornecedor de armas.
Além disso, a Federação de Cientistas Americanos, entidade fundada em 1945 por cientistas que trabalharam no desenvolvimento das primeiras bombas atômicas, estima que Israel tenha 90 ogivas nucleares em seu inventário. A presença viola o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), firmado em 1970. Segundo o acordo, apenas 5 países podem contar com armas desse tipo: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França. O quinteto, por sua vez, venceu a Segunda Guerra Mundial e é membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Irã
Já o Irã, destaca a Cia, contava com aproximadamente 600 mil militares ativos em 2023. No país, existem dois grupos nas Forças Armadas: Forças Regulares da República Islâmica do Irã e Guarda Revolucionária Islâmica.
Nas Forças Regulares, são cerca de 350 mil militares nas Forças Terrestres; 18 mil na Marinha; 40 mil na Força Aérea.
A Cia aponta que de 100 a 150 mil militares integram a Guarda Revolucionária. Desses, 20 mil são da Marinha, 15 mil da Força Aeroespacial; e ao menos 15 mil da Força Aeroespacial. A Inteligência Americana informa, ainda, que são cerca de 5 a 15 mil militares na Força Qods - uma unidade especial do Exército - e 90 mil nas Forças Paramilitares Basij - uma milícia paramilitarque recebe ordens do líder iraniano, o Ayatollah Khamenei.
Parte do arsenal dos iranianos foi produzida internamente. No entanto, a maioria das armas utiliza equipamentos de origem chinesa, soviética e norte-americana, adquiridos antes da Revolução Islâmica em 1979.
Nos últimos anos, também adquiriu equipamentos da Coreia do Norte, incluindo submarinos anões e mísseis balísticos. A Rússia também forneceu armas recentemente. O Irã vem enriquecendo urânio nos últimos anos. O processo é necessário durante a fabricação de uma bomba. Apesar disso, ainda não há registros de que o país tenha armas nucleares.