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Caos no Equador chega ao quarto dia com 178 agentes penitenciários sequestrados por criminosos

Na noite passada, um ataque com explosivos a uma boate deixou duas pessoas mortas e nove feridas

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O caos instalado pela guerra contra o narcotráfico no Equador chegou ao quarto dia com 178 agentes penitenciários sequestrados pelos criminosos.

Em vídeo divulgado pelas redes sociais, os criminosos ameaçam os funcionários das prisões. A associação de servidores penitenciários do Equador pediu publicamente ajuda dos governantes para garantir a integridade de todos os reféns.

As escolas permanecem fechadas; o toque de recolher na madrugada também continua em todo o país. Na capital Quito, policiais e militares do Exército seguem monitorando as avenidas com revistas. São mais de 22 mil homens mobilizados em patrulhas. Em Guayaquil, as ruas estão desertas e muitos comércios se mantêm fechados.

Na noite passada, um ataque com explosivos a uma boate deixou duas pessoas mortas e nove feridas na cidade de El Coca, na região leste do Equador. Prédios vizinhos também foram atingidos. Apesar de ainda não identificar os responsáveis, autoridades classificam o caso como mais um ato de terrorismo.

A resposta mais dura do governo foi dada pelo ministro da Defesa. Ele disse que os criminosos despertaram a ira do país e declarou apoio irrestrito às Forças Armadas.

"Quiseram espalhar terror, mas despertaram nossa ira. Acreditaram que renderiam todo um país e se esqueceram que as Forças Armadas estão treinadas para a guerra", afirmou o ministro Gian Carlo Loffredo.

O governo brasileiro monitora de perto a situação no Equador. Além de colocar a Polícia Federal à disposição do país, o Brasil convocou os chefes das polícias de 13 nações para uma reunião nesta sexta-feira (12). O diretor-geral da PF, Andrei Passos, confirmou ao SBT que partiu dele a iniciativa. Por videoconferência, os dirigentes discutirão o narcotráfico e a integração das forças de segurança na região.

Para esse Uriã Fancelli, especialista em relações internacionais, é importante que o Brasil acompanhe a situação no Equador, já que as organizações criminosas podem se ramificar para outros países.

"O que acontece lá hoje é resultado daquilo que começou na Colômbia e daquilo que acontece no Peru. se o Brasil quiser, de fato, combater o narcotráfico, impedir que isso chegue no Brasil. Ele vai precisar de algum tipo de política coordenada também com é forças é de inteligência desses outros países".

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