Calor extremo mata mais de mil muçulmanos na peregrinação a Meca
Temperaturas na Arábia Saudita atingiram 51,8°C durante período da jornada islã
O número de muçulmanos mortos pelo calor extremo durante a peregrinação anual à Meca — conhecida como hajj — na Arábia Saudita saltou para mais de mil nesta sexta-feira (21). A informação é da agência France-Press (AFP).
Segundo a publicação, 1.081 pessoas morreram por problemas de saúde relacionados as altas temperaturas. Os termômetros no país chegaram a marcar 51,8ºC. Entre as vítimas, estão 658 egípcios e cidadãos da Jordânia, Indonésia, Irã, Senegal, Tunísia, região autônoma do Curdistão iraquiano e Índia.
O Hajj consiste em viajar até a cidade de Meca durante o último mês do calendário islâmico para realizar uma série de rituais. A peregrinação é considerada um dos cinco pilares do Islã, que deve ser realizada pelo menos uma vez na vida por todos os adultos que tenham condição física e financeira para se ausentar de casa e percorrer o trajeto.
Neste ano, o movimento reuniu 1,8 milhão de fiéis, sendo 1,6 milhão estrangeiros. Devido às altas temperaturas, muitos sofreram estresse térmico.
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O cenário não é inédito. Na peregrinação de 2023, ao menos 10 mil pessoas precisaram ser atendidas por funcionários da saúde devido a problemas vinculados ao calor, enquanto 240 não resistiram. Segundo o governo, as temperaturas na área onde os rituais religiosos são realizados estão aumentando cerca de 0,4°C a cada década.