Brasileira que caiu em trilha na Indonésia é vista imóvel por drones, segundo equipes de resgate
Estado de saúde de Juliana Marins ainda é desconhecido; irmã acredita que ela tenha machucado as pernas
Giovanna Tuneli
A família da brasileira Juliana Marins, que caiu enquanto realizava uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, afirma que o estado de saúde dela ainda é desconhecido. A irmã da mochileira conta que a suspeita é que ela machucou as pernas, já que as imagens de drone mostram que ela não se levantou desde sexta-feira (20), quando o acidente aconteceu. O Parque Nacional do Monte Rinjani diz que a brasileira está imóvel.
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O perfil oficial do Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, informou que as equipes de resgate localizaram a brasileira nas buscas desta segunda-feira (23). Um drone chegou até Juliana, que está a 500 metros penhasco abaixo, e identificou que ela estava imóvel.
“Às 6h30 [de segunda-feira (23) de Lombok, 17h30 de domingo (22) no Rio de Janeiro], a vítima foi localizada com o uso de um drone, em posição presa a um paredão rochoso, a uma profundidade de aproximadamente 500 metros, e visualmente sem sinais de movimento", informa o comunicado.
As buscas por Juliana foram paralisadas novamente às 16h, no horário local, por questões climáticas negativas. Segundo a irmã Mariana Marins, em entrevista ao programa Alô, Você, as equipes de resgate estavam a apenas 350 metros da localização da brasileira quando a pausa aconteceu.
Mariana ainda relata que a irmã tem miopia, com cerca de cinco graus em cada olho, e está sem óculos desde a queda. Ela também aponta que a jovem de 26 anos tem problemas com ansiedade, o que preocupa a família.
A irmã diz que provavelmente as pernas de Juliana podem ter quebrado ou algo pode ter perfurado na hora em que ela caiu. De acordo com Mariana, nas imagens de drone é possível ver que a brasileira somente deslizou sob a pedra, mas em nenhum momento se levantou. "Não tem confirmação", lamenta, em entrevista ao SBT.
Ela ainda alega que as autoridades da Indonésia não consideram o caso como grave. Normalmente, as equipes de resgate levam de cinco a sete horas para chegar até o local da trilha. No caso de Juliana, foram 14 horas, segundo a irmã. Até o momento, as buscas estão sendo realizadas somente por autoridades indonésias.
Mariana ainda ressalta que o passeio não exigia nenhum certificado e nem preparo físico específico. Ela disse que Juliana é acostumada com esse tipo de aventura, tem certificado de mergulho, nadou com tubarões e pratica esportes, como pole dance.
Os familiares, por estratégia, não pretendem ir até a Indonésia por causa do tempo que levariam para chegar ao país, ficando de 20 a 30 horas incomunicáveis e sem atualizações sobre Juliana. Além disso, Mariana acredita que eles não conseguiriam auxiliar mais em solo indonésio e, por enquanto, focam na divulgação do caso e nos pedidos de ajuda.
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O caso
Juliana Marins, natural de Niterói (RJ), viajava sozinha pela Ásia quando decidiu realizar uma trilha de três dias no vulcão Rinjani, na Indonésia, acompanhada de um guia e cinco turistas. No segundo dia de percurso, ao parar para descansar, a jovem tropeçou e caiu de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão.
O último registro de Juliana foi feito em um vídeo às 17h30 de sábado (21). Familiares também compartilharam outras imagens que receberam da jovem durante a trilha.
Juliana foi localizada horas depois por turistas que passavam pelo local. Com o auxílio de um drone, o grupo conseguiu visualizar a jovem, que está num local a cerca de 500 metros abaixo da trilha original.