Ataque israelense em zona humanitária de Gaza deixa 40 mortos e 60 feridos
Militares alegaram que bombardeio teve como alvo um centro de operações do Hamas
Ao menos 40 pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas após Israel lançar uma série de bombardeios contra uma zona humanitária em Muwasi, no sul da Faixa de Gaza, na manhã desta terça-feira (10). Segundo autoridades palestinas, o ataque atingiu acampamentos com centenas de civis, sendo considerado o mais mortal até agora na região.
A Defesa Civil foi enviada ao local e informou que o número de mortos pode aumentar, já que as operações de busca continuam. O cenário é de destruição, com pessoas presas sobre os escombros e famílias inteiras mortas dentro de tendas.
Pelas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel confirmaram o ataque, dizendo que o bombardeio teve como alvo um centro de operações de combatentes do grupo terrorista Hamas, que estava camuflado na zona humanitária. Os militares afirmaram que, antes do ataque, “muitas medidas foram tomadas para reduzir a chance de ferir civis”.
"Este é outro exemplo do uso sistemático pelas organizações terroristas na Faixa de Gaza da população e da infraestrutura civil, incluindo o espaço humanitário, com o objetivo de realizar atos terroristas contra o Estado de Israel”, disseram.
O Hamas divulgou um comunicado negando que havia combatentes presentes na área humanitária e classificou as afirmações de Israel como “mentiras descaradas”. "A resistência negou várias vezes que qualquer um de seus membros exista em reuniões civis ou use esses locais para fins militares”, escreveu o grupo terrorista.
+ Por que Israel e Hamas ainda não chegaram a um acordo de cessar-fogo? Entenda
A guerra entre Hamas e Israel, iniciada em outubro de 2023, já deixou mais de 40 mil mortos na Faixa de Gaza. O aumento constante do número de óbitos está fazendo com que os Estados Unidos, o Egito e o Catar intensifiquem as mediações das negociações para um acordo de cessar-fogo. A trégua, no entanto, segue sem data de previsão.