Após manobra proibida, motociclista atropela e mata homem na zona Leste de SP
Leonildo Ferreira Silva, de 55 anos, estava com o neto, Heitor Nunes Silva, de 6 anos, que também foi atingido e ficou ferido
SBT Brasil
Um motociclista atropelou e matou um homem depois de empinar a moto em uma avenida na zona Leste de São Paulo. Leonildo Ferreira Silva, de 55 anos, estava com o neto, Heitor Nunes Silva, de 6 anos, que também foi atingido e ficou ferido.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do acidente. Ao empinar a motocicleta, o condutor perdeu o controle e atingiu as vítimas. Leonildo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital. Heitor sofreu lesões no rosto e permanece internado, fora de risco. Ele foi liberado temporariamente pelos médicos para ir ao velório do avô, com quem tinha uma forte ligação.
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"Meu pai sempre foi um herói. No último momento, ele conseguiu proteger meu filho, tirando-o do caminho. Não sei se ele estaria vivo hoje sem isso", disse Raquel Silva, filha de Leonildo, emocionada.
O motociclista foi preso em flagrante após testemunhas acionarem a polícia. Segundo um advogado consultado, a pena para direção perigosa com resultado morte varia de 5 a 10 anos de prisão, além de 3 a 6 anos para lesão grave, caso seja constatada no menino. "As penas podem ser somadas", explicou Marco Antônio Davi, especialista em direito de trânsito.
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Manobras arriscadas como essa, popularmente conhecidas como "dar um grau", são frequentes e não se limitam às ruas de São Paulo. Em dezembro, um caso semelhante ocorreu em Cariacica, no Espírito Santo, quando uma jovem de 18 anos morreu ao cair da garupa de uma moto. O namorado, que não possuía habilitação, empinava o veículo quando ela caiu e foi atingida por um carro que vinha na direção contrária.
Após reformas no Código de Trânsito Brasileiro, crimes como esses são considerados graves pela simples exposição de risco à sociedade. "Desde 2014, basta a conduta de expor ao perigo para configurar o crime", afirmou o advogado.