Acidente em mina de cobre no Congo deixa 32 mortos
Tiros disparados por seguranças da mina provocaram pânico e algomeração, provocando a queda de uma ponte; circunstâncias serão investigadas

Reuters
Cerca de 30 pessoas morreram em uma mina de cobre semi-industrial no sudeste do Congo no sábado (15), após o desabamento de uma ponte, informou a agência de mineração artesanal do país.
Um funcionário da agência chegou a informar à Reuters que houve 49 mortes e 20 pessoas foram levadas ao hospital em estado crítico como resultado do incidente, que ocorreu em Kalando, na província de Lualaba. Mais tarde, no entanto, o ministro do interior da província, Roy Kaumba, declarou em mensagem televisionada, que 32 pessoas tiveram as mortes confirmadas.
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A mineração artesanal emprega cerca de 1,5 a 2 milhões de pessoas no Congo e sustenta mais de 10 milhões indiretamente.
O colapso foi "causado pelo pânico, supostamente desencadeado por tiros disparados por militares que protegiam o local", disse o Serviço de Apoio e Orientação à Mineração Artesanal e de Pequena Escala do Congo, conhecido pelo acrônimo francês SAEMAPE.
Os mineiros então "se amontoaram uns sobre os outros", fazendo a ponte ruir, acrescentou o SAEMAPE em um comunicado neste domingo (16).
A Iniciativa para a Proteção dos Direitos Humanos solicitou uma investigação independente sobre o papel dos militares nas mortes, citando relatos de confrontos entre mineiros e soldados.
Um porta-voz militar não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Acidentes de mineração são comuns em minas artesanais não regulamentadas, com dezenas de mortes todos os anos.







