Supremo britânico rejeita plano do governo de deportar imigrantes ilegais para Ruanda
Corte alegou risco na segurança dos grupos, que podem ser forçados a voltar para países de origem
Camila Stucaluc
O Supremo Tribunal do Reino Unido rejeitou, na manhã desta 4ª feira (15.nov), o plano do governo britânico de deportar imigrantes ilegais para Ruanda. A decisão foi tomada de forma unânime pelos cinco juízes da Corte, que alegaram haver risco na segurança dos imigrantes, uma vez que o Ruanda não é considerado "um país seguro".
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Isso porque, apesar de o país africano ter concordado em alojar os requerentes de asilo, há a probabilidade das autoridades forçarem o envio dos grupos aos países de origem, onde os imigrantes estariam novamente em risco de perseguição. "Tendo nós próprios analisado as provas, concordamos com essa conclusão", disseram os juízes.
Anunciado há um ano e meio, durante o governo de Boris Johnson, o plano de deportação tinha como objetivo enviar imigrantes que chegam ilegalmente no Reino Unido para Ruando, onde os pedidos de asilo seriam processados. A ideia da política era dissuadir os trajetos no Canal da Mancha, onde muitos imigrantes acabam morrendo.
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"Este não era o resultado que queríamos, mas passamos os últimos meses planejando todas as eventualidades e continuamos completamente comprometidos em parar os barcos", disse o primeiro-ministro Rishi Sunak, em resposta à decisão da Suprema Corte.