Ministro israelense declara cerco a Faixa de Gaza e aumenta ataques aéreos
Medida afeta 2 milhões de civis palestinos que vivem na região, considerada a maior prisão a céu aberto do mundo
Camila Stucaluc
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, ordenou, nesta 2ª feira (9.out), a instalação de um "cerco completo" na Faixa de Gaza, dizendo que as autoridades cortariam a eletricidade e bloqueariam a entrada de alimentos e combustível para a região. No local, vivem mais de 2 milhões de civis palestinos, no que é considerado a maior prisão a céu aberto do mundo.
Segundo Israel, a medida faz parte dos esforços para conter os ataques do grupo palestino Hamas -- com quem está em guerra. A autoridade do país também anunciou retomada do controle de cidades perto de Gaza.
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Pelas redes sociais, o governo israelense informou que o exército continua lançando ataques contra a Faixa da Gaza e que, até o momento, mais de 500 alvos do Hamas foram atingidos, incluindo centros de comando e armazéns de munições. A sede operacional da organização extremista Jihad Islâmica, aliada do Hamas, também foi atacada.
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? Israeli Air Force (@IAFsite) October 9, 2023
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Os ataques impactam centenas dos 2,3 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza. No último fim de semana, o exército israelense atingiu cerca de mil alvos no local, além de enviar militares com tanques de guerra. O movimento acontece porque a Faixa de Gaza, que faz fronteira com Israel e Egito, é comandada pelo Hamas desde 2007.
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Nesta manhã, o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, convocou uma reunião de emergência na 3ª feira (10.out) com os países do bloco para discutir a guerra entre Israel e Hamas. No domingo (8.out), o Conselho de Segurança das Nações Unidas também se reuniu, mas a reunião terminou sem uma declaração final.