Reino Unido aprova construção de campo de exploração de petróleo no Mar do Norte
Infraestrutura promete produzir mais de 300 milhões de barris de petróleo; projeto é criticado por ambientalistas
Camila Stucaluc
O Reino Unido aprovou, na 4ª feira (27.set), a construção de um campo de exploração de petróleo e gás no Mar do Norte. Denominado Rosebank, o campo, situado a noroeste de Shetland, na Escócia, é considerado o maior ainda não explorado no Mar do Norte, com potencial para produzir mais de 300 milhões de barris de petróleo na vida útil.
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Segundo o governo britânico, a aprovação acontece em meio aos esforços para aumentar a produção de energia interna - uma vez que o país continua dependendo fortemente de importações de gás e petróleo. O objetivo é evitar a repetição de uma crise energética, como a que aconteceu no ano passado após a invasão da Rússia na Ucrânia.
Além disso, o governo afirma que a cadeia de suprimentos de petróleo e gás "é exatamente o que o Reino Unido precisa para a transição energética". O setor, ainda em modernização, está desempenhando um papel importante na condução do desenvolvimento e fornecimento de tecnologias de baixo carbono que sustentarão a transição.
"Estamos acelerando as energias renováveis e a energia nuclear, mas ainda precisaremos de petróleo e gás nas próximas décadas ? então vamos obter mais do que precisamos dentro das águas britânicas. O Rosebank tem sido um enorme recurso inexplorado e agora este investimento trará bilhões de libras para nossa economia para ajudar a garantir nosso futuro suprimento de energia", disse o chanceler do Tesouro, Jeremy Hunt.
Apesar das justificativas, a aprovação do Rosebank gerou grandes críticas de ambientalistas, que já temiam a construção do campo de exploração de petróleo. Em nota, o Greenpeace britânico afirmou que o "primeiro-ministro, Rishi Sunak, provou de uma vez por todas que coloca os lucros das empresas petrolíferas acima das pessoas comuns".
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"Sabemos que depender de combustíveis fósseis é terrível para nossa segurança energética, o custo de vida e o clima. Nossas contas altíssimas e o clima extremo recente nos mostraram isso. Nós já temos as soluções para cortar contas, aumentar a segurança energética e reduzir as emissões, mas o governo as ignora em favor de esmolas para empresas", disse Philip Evan, ativista climático da organização.