Mafioso Matteo Denaro, chefe da Cosa Nostra, morre aos 61 anos
Preso desde janeiro após 30 anos foragido, criminoso estava com a saúde debilitada por causa de um câncer no cólon
Felipe Moraes
Matteo Messina Denaro, chefe da Cosa Nostra e considerado um dos últimos líderes da máfia italiana, morreu nesta 2ª feira (25.set), aos 61 anos. O criminoso tinha a saúde debilitada por causa de um câncer no cólon e estava preso desde janeiro, após passar 30 anos foragido.
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Denaro estava internado numa ala para presos em um hospital de Palermo. Na última sexta (22.set), a instituição informou que o mafioso havia entrado em coma irreversível.
Um dos chefões da organização criminosa centenária Cosa Nostra, Denaro foi preso em janeiro em um hospital da Sicília quando passava por um procedimento, depois de três décadas desaparecido.
Mesmo em fuga constante por anos, ele comandava a máfia atuante em Trapani, na Sicília. Tornou-se chefe da Cosa Nostra após as prisões de Salvatore "Totó" Riina, em 1993, e de Bernardo Provenzano, em 2006
O criminoso foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato dos promotores italianos antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em 1992, e pelo envolvimento em ataques a bomba em Florença, Milão e Roma, que resultaram em dez mortes no ano de 1993.
Várias outras mortes registradas nos anos 1990 são atribuídas a Denaro. Em 1993, por exemplo, ele colaborou no sequestro de um garoto de 12 anos, Giuseppe Di Matteo, para convencer um informante a não delatar a máfia. Após dois anos presa, a criança foi estrangulada e teve o corpo dissolvido em ácido.
Nas investigações ao longo dos anos, a polícia também conectou Denaro a crimes como tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e descarte ilegal de lixo. Em 2013, o entorno do criminoso foi enfraquecido após prisões de sua irmã Patrizia e de parceiros mafiosos, além da apreensão de bens.
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