Zelensky chega à Nova York para discurso na Assembleia da ONU
Presidente ucraniano afirmou que defenderá integridade territorial e reformas nas Nações Unidas
Camila Stucaluc
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desembarcou, na 2ª feira (18.set), em Nova York, nos Estados Unidos. O mandatário participará da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde irá discursar presencialmente pela primeira vez desde a invasão da Rússia, em fevereiro de 2022. No ano passado, Zelensky enviou um discurso pré-gravado.
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"A integridade territorial do Estado é um princípio fundamental de todos os documentos internacionais básicos, incluindo a Carta das Nações Unidas. E é preciso devolver a ela toda a força destruída pela invasão russa e aumentar a capacidade da ONU de deter e prevenir a agressão. A Ucrânia fará uma proposta clara aos membros da ONU a este respeito", disse Zelensky.
Logo que desembarcou em território norte-americano, Zelensky fez uma visita ao hospital universitário de Staten Island, onde soldados ucranianos feridos são submetidos a reabilitação. No local, o presidente entregou o prêmio Coração de Ouro do Chefe de Estado a Oleksandr Rubtsov, fundador da Kind Deeds - organização que auxilia nas ações.
Além de discursar na Assembleia Geral, Zelensky participará de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, que ocorre na 4ª feira (20.set). No encontro, que também contará com a presença do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, o presidente ucraniano deve questionar a presença de Moscou no grupo.
"Se nas Nações Unidas ainda há um lugar para os terroristas russos, acho que a questão não é para mim, é uma questão para todos os membros das Nações Unidas", disse Zelensky. "Não tenho certeza se vamos escolher o formato", acrescentou.
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Ainda na 4ª feira, o líder ucraniano deverá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Manhattan. A expectativa é que o petista reforce a posição do Brasil em meio à guerra da Rússia contra a Ucrânia e defenda a criação de um grupo de países neutros para mediar o fim do conflito militar.