Publicidade
Mundo

Número de mortes após terremoto no Marrocos passa de 2.800

Autoridades correm contra o tempo para encontrar sobreviventes nos escombros

Imagem da noticia Número de mortes após terremoto no Marrocos passa de 2.800
buscas por desaparecidos no marrocos
• Atualizado em
Publicidade

O número de mortes provocadas pelo forte terremoto que atingiu o Marrocos subiu para 2.862. O tremor foi o mais letal da história do país africano nos últimos 60 anos. Agora, as autoridades correm contra o tempo para encontrar sobreviventes nos escombros.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

As escavadeiras tentam abrir a estrada em meio às montanhas áridas do Atlas. Ambulâncias que tentam chegar a locais acessíveis só de helicóptero param no meio do caminho.

Muitos vilarejos continuam isolados. Segundo cálculos da ONU, o terremoto da última 6ª feira (8.set) afetou mais de 300 mil marroquinos.

Nessa situação, tempo significa vida ou morte para quem necessita de socorro. "Às vezes encontramos alguém vivo nos escombros, por isso mantemos a esperança", diz Air Mohamed, sobrevivente que se juntou aos esforços de resgate.

Pelo caminho o que se vê é a precariedade do que sobrou e o desespero de quem espera por notícias. Do alto, o tamanho da devastação.

As tradicionais construções do Marrocos de barro, pedra e madeira não são fortes o suficiente para resistir aos tremores e, ao desabarem, abafam quem estiver embaixo, reduzindo as chances de escapar vivo.

Um centro de proteção às vítimas foi montado para prestar auxílio aos moradores de Asni, vilarejo próximo ao epicentro, mas não há tendas para todos. Houve até confronto entre desabrigados e a polícia.

Há críticas à lentidão das autoridades em aceitarem ajuda de fora. Muitos países ofereceram ajuda humanitária, mas o governo do Marrocos tem sido seletivo. Até agora, aceitou o apoio do Reino Unido, Espanha, Catar e Emirados Árabes - segundo especialistas, por motivos de soberania e geopolítica. Oficialmente, o governo diz que quer ter o "controle das ações de socorro".

Voluntários coordenam a doação de mantimentos básicos pelo país, enquanto o governo distribui mais de 500 mil galinhas, ovelhas e colmeias de abelhas para províncias afetadas, na região rural. É importante manter a produção de carne e a polinização das plantações mais remotas e garantir o que comer nos próximos meses.

A Unesco já chegou para avaliar os estragos em Medina, patrimônio mundial da humanidade, construído no século 12. A torre da famosa mesquita Koutoubia está rachada, mas continua de pé.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade