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Militares anunciam golpe de estado no Gabão e prendem presidente do país

Instituições públicas também foram dissolvidas em transmissão veiculada pela televisão

Imagem da noticia Militares anunciam golpe de estado no Gabão e prendem presidente do país
Militares anulam resultado das eleições e anunciam golpe de estado no Gabão (Reprodução)
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Militares do Gabão apareceram na televisão, nessa 4ª feira (30.ago), para anunciar a anulação das eleições, a prisão domiciliar do presidente Ali Bongo e a instalação de um golpe de estado no país. Os oficiais também divulgaram a dissolução "de todas as instituições da república" e o fechamento das fronteiras.

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"Nós decidimos defender a paz colocando um fim ao atual regime", disse um dos militares, na rede de televisão Gabão 24. O oficial justificou a medida por causa "do irresponsável, imprevisível governo, resultando em contínua deterioração da coesão social que arrisca levar o país ao caos". 

O presidente do país, Ali Bongo, estava no poder desde 2009 e foi reeleito no último fim de semana para um terceiro mandato, com cerca de 64% dos votos. A oposição, no entanto, afirma que o pleito foi fraudulento.

Após o golpe, a primeira-ministra da França, Elisabeth Borne, disse que o país acompanha a situação de perto. O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, declarou que a instabilidade no Gabão representa "um grande problema para a Europa". E a empresa de mineração francesa Eramet anunciou a paralisação de suas atividades na nação africana.

No último sábado, medidas como suspensão de internet e toque de recolher levantaram suspeita de fraude entre opositores de Bongo. As duas eleições anteriores, que terminaram com a vitória de Bongo, também foram vistas com desconfiança. 

Em 2019, houve uma tentativa de golpe frustrada no Gabão, e os militares envolvidos acabaram presos. 

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