Lula anuncia entrada de seis novos países ao Brics
Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã integrarão bloco a partir de 2024
O presidente Luiz Inácio da Silva (PT) anunciou, nesta 5ª feira (24.ago), a entrada de seis novos países ao Brics - bloco econômico que atualmente reúne Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul. Segundo o petista, a partir de janeiro de 2024, o grupo também contará com a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
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"Agora, o PIB [Produto Interno Bruto] do Brics eleva-se para 36% do PIB global em paridade de poder de compra e [engloba] 46% da população mundial", informou Lula. "O Brics continuará aberto a novos candidatos e, para isso, aprovamos critérios de procedimentos para futuras adesões", acrescentou o presidente brasileiro.
Lula informou ainda que o grupo econômico aprovou um grupo de trabalho para estudar a adoção de uma moeda de referência do Brics. A medida, conforme explicou, poderia aumentar as opções de pagamento e reduzir as vulnerabilidades dos países. A ideia vem sendo apoiada pelo petista desde antes da cúpula, realizada este ano na África do Sul.
Após a fala de Lula, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, afirmou que a expansão e modernização do Brics passa uma mensagem de que todas as instituições no mundo precisam se moldar conforme os tempos. "Isso é uma iniciativa que pode ser um exemplo para reforçar outras instituições globais já estabelecidas anteriormente", disse.
Viagem pelo continente africano
Apesar do fim da cúpula do Brics, a viagem de Lula pelo continente africano ainda durará três dias. Ainda hoje, o presidente embarca para a Angola, onde irá se reunir com o presidente João Lourenço. No local, o petista também participará de um seminário, onde irá falar de um projeto no vale do Cunene, e de um encontro com empresários brasileiros.
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No domingo (27.ago), Lula segue para São Tomé e Príncipe para participar da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Segundo o Planalto, o encontro é importante para que os países de língua portuguesa estabeleçam apoio mútuo para outros organismos internacionais.