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Após se exilar na Bielorrússia, chefe do grupo Wagner é visto na África

Yevgeny Prigozhin afirmou estar trabalhando para libertar o continente e tornar a Rússia "ainda maior"

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A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes sociais, registrando a primeira aparição de Prigozhin desde junho | Reprodução/Telegram
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O líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reapareceu na África, onde disse estar trabalhando para libertar o continente e tornar a Rússia "ainda maior". A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes sociais, registrando a primeira aparição de Prigozhin desde junho, quando liderou uma rebelião contra o governo russo.

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"A temperatura é de 50 graus, do jeito que a gente gosta. Estamos trabalhando. Wagner está tornando a Rússia ainda maior em todos os continentes - e a África ainda mais livre", disse o líder dos mercenários, sem especificar o país onde estava.

Prigozhin foi visto em público pela última vez no dia 24 de junho, quando firmou um acordo com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. Na data, o líder do grupo aceitou suspender o motim em meio à retirada do processo criminal que havia sido aberto contra ele, além de descartar punições aos envolvidos na rebelião.

Após o Kremlin atender as exigências, Prigozhin aceitou se exilar na Bielorrússia a convite de Lukashenko. O mercenário, no entanto, já havia afirmado que não tinha intenção de viver um "exílio tranquilo" no país. Em julho, uma foto - não autenticada - foi divulgada nas redes sociais, mostrando Prigozhin nos bastidores da cúpula Rússia-África, ocorrida em São Petersburgo.

Relembre a rebelião na Rússia

O impasse entre o grupo Wagner e o Kremlin começou no dia 25 de junho, quando os mercenários tomaram o controle das instalações militares de Rostov, no sul da Rússia. Segundo Prigozhin, a ação foi em resposta ao ataque de forças russas contra um dos acampamentos do grupo, que resultou na morte de vários integrantes.

+ Prigozhin rompe silêncio e diz que motim não queria derrubar Putin

A rebelião durou cerca de 24h, sendo encerrada após um acordo entre Prigozhin e  Lukashenko. No mesmo dia, o presidente russo, Vladimir Putin afirmou que os envolvidos no motim traíram o país, mas que, conforme o acordo, não seriam processados e teriam as seguintes opções: se estabelecer na Belarrússia, juntar-se ao exército russo ou voltar para casa.

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