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Nos 50 anos do hip hop, a batalha de um movimento de arte e crítica social

Cultura saiu de apartamento na periferia de Nova York (EUA) para ganhar e fazer o mundo pensar

Nos 50 anos do hip hop, a batalha de um movimento de arte e crítica social
Homem de roupa vermelha, aparecendo somente as pernas, segurando aparelho de som grande e antigo
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Ele está na boca do povo, nas ruas e calçadas, no estilo e na moda, e até nos Jogos Olímpicos. Um "cinquentão" que passa tradições de geração em geração, se atualizando e, literalmente, dançando conforme a música.  

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O movimento hip-hop nascia em 11 de agosto de 1973 em uma festa no Bronx, bairro de Nova Iorque (EUA) que era considerado um dos mais violentos do país, para ganhar, dominar e fazer o mundo pensar. 

O dia é considerado o marco inicial do estilo. Naquela festa, o DJ Kool Herc misturou dois discos, isolando partes das músicas e prolongando as batidas mais fortes, sobrepondo outros sons. Era o início de uma revolução cultural dentro de um apartamento. 

Reprodução/SBT

Entre arte, dança e rimas, o movimento hip-hop é formado por quatro pilares: o rap - acrônimo das palavras Rythym and Poetry, ritmo e poesia -, o DJ e a mixagem, o grafitte e o breakdance. Nesses 50 anos, a música vê artistas dominando as paradas e quebrando barreiras, incomodando poderosos e relatando a vida de becos e vielas das periferias em todo o planeta. 

Se o prestigiado prêmio Pulitzer era destinado a criadores de música clássica e jazz, o rapper norte-americano Kendrick Lamar fez história ao ganhar a honraria, em 2018, pelo aclamado disco Dawn. Os organizadores que elegeram Kendrick afirmaram que a criação "captura a complexidade da vida dos negros nos Estados Unidos".  

Bairro do Bronx, em Nova York (EUA) | Reprodução/Wikipedia

O ritmo, a poesia, as cores e a dança cruzaram o oceano e, no Brasil, o movimento chegou abalando as estruturas do centro de São Paulo (SP) na década de 1980. A Galeria 24 de Maio e a estação de metrô São Bento viram nascer as bases do hip hop no país.  

Ali, b-boys - como são chamados os dançarinos de breaking - compartilhavam o espaço com Mestres de Cerimônias, os MCs, em um fervilhar de ideias e conceitos que deram cara e "triunfo" ao rap nacional. Em meio à ditadura que o Brasil vivia, era "uma bomba relógio prestes a estourar". 

E estourou: na década seguinte, o rap se consolidou como voz de protesto nas rimas e poemas de MCs e "racionais" de todos os cantos, em "capítulos" e "versículos" que, passados quase 30 anos, ainda ressoam (lamentavelmente e extremamente) atuais. Definitivamente, porém, "sabotando" o raciocínio e ocupando a consciência de milhões de pessoas "sobreviventes em infernos e bons lugares". 

O rap segue como a voz daqueles "malucos do pedaço" que vivem à margem das várias sociedades, na luta contra preconceituosos e racistas, denunciando problemas sociais e relatando a vida das periferias. Tá ligado? 

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