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Polícia da Moralidade retoma patrulhas no Irã após meses de protestos

Mulheres poderão ser notificadas e detidas caso sejam flagradas em pública sem o hijab

Imagem da noticia Polícia da Moralidade retoma patrulhas no Irã após meses de protestos
Polícia da Moralidade teve a maioria dos trabalhos suspensos por meses | Reprodução
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As autoridades iranianas anunciaram, nesta 2ª feira (17.jul), a volta das patrulhas da Polícia da Moralidade, responsável por controlar o código de vestimenta no país. O retorno acontece em meio ao lançamento de uma nova campanha do governo para forçar as mulheres a usar o véu islâmico - hijab -, assim como determina a lei.

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A Polícia da Moralidade teve a maioria dos trabalhos suspensos por meses. Isso porque, em setembro do ano passado, os moradores começaram um longo período de protestos depois que uma jovem de 22 anos, identificada como Mahsa Amini, foi presa e morta por usar o hijab incorretamente - deixando partes do cabelo à mostra.

A onda de revolta resultou no incêndio de casas e carros e fez com que muitas mulheres cortassem os cabelos enquanto pediam a suspensão da obrigatoriedade do uso do véu. Os atos geraram uma forte repressão do governo iraniano, que prendeu mais de 20 mil manifestantes e executou em público ao menos dois participantes - acusados de "travar guerra contra Deus".

+ Irã: relatores classificam uso obrigatório de véu como perseguição de gênero

Com a volta do patrulhamento da Polícia da Moralidade, as mulheres que não estiverem de acordo com o código de vestimenta serão notificadas e, se for o caso, detidas. Para auxiliar os trabalhos, a corporação informou que contará com imagens de câmeras de segurança instaladas, instaladas em locais públicos por todo o país.

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