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Surto de Guillain-Barré: Brasil não vai restringir turismo ao Peru

No país vizinho, já foram registrados mais de 180 casos da síndrome neste ano

Imagem da noticia Surto de Guillain-Barré: Brasil não vai restringir turismo ao Peru
Profissional olha em microscópio (Reprodução/SBT Brasil)
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O governo brasileiro não vai restringir o turismo ao Peru por causa do surto da síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune. No país vizinho, já foram registrados mais de 180 casos, com quatro mortes, somente este ano.

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Rafael, de 10 anos, foi diagnosticado com a síndrome em 2021. A doença pode paralisar membros superiores e inferiores. "Primeiro sintoma que senti foi minha perna começar meio fraca, tava mancando, de noite não conseguia subir na cama direito. Daí, no dia seguinte, quando eu fui sair de casa, caí", fala o menino.

Os pais levaram o pequeno Rafa para o hospital, mas somente depois de vários exames é que a doença foi constatada. "Foram 16 dias muito sofridos. Ele ficou paralisado do pescoço para baixo todinho. O tratamento foi com imunoglobulina, e ele já sentiu melhoras no primeiro frasco que tomou, e aí a gente só aguardou as melhoras e já recebeu alta e foi pro quarto", relembra a mãe.

No Brasil, cerca de 600 pessoas por ano são diagnosticadas com a síndrome de Guillain-Barré. No Peru, somente neste ano, foram registrados 182 casos. O tema chegou no futebol. A equipe do Corinthians vai a Lima disputar uma partida pela Copa Sul-Americana, e o técnico Vanderlei Luxemburgo se mostrou preocupado.

"Temos que jogar lá, vamos jogar, mas eu acho que neste momento temos que ter responsabilidade de quem comanda o futebol para não correr risco, as pessoas que vão estar lá. Os profissionais da imprensa que vão lá foram cancelados. Não vão mais. Por que nós temos que ir lá jogar?", disse Luxemburgo.

O governo peruano emitiu nota garantindo que os jogadores brasileiros não correm risco, já que a doença não é transmitida de pessoa para pessoa. Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), não há motivo de preocupação, pois a síndrome não é contagiosa. Ela tem cura e, quanto antes for diagnosticada, maior a chance do portador levar uma vida saudável.

"A doença é desenvolvida à medida em que nós adquirimos uma infecção qualquer por vários microorganismos", fala o médico. Ainda em suas palavras, "o tratamento deve ser feito o mais precoce possível. Basicamente de duas formas possíveis. Em drogas que inibem a produção desses autoanticorpos e infiltração do plasma, outra estratégia muitas vezes utilizada".

O Rafa está curado, mas ainda precisa fazer fisioterapia. Os aparelhos nas pernas são para dar mais firmeza ao caminhar, mas a cada dia o menino está mais forte e mais feliz. "Meu objetivo é ficar fortão", afirma.

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