Biden nega envolvimento dos EUA e da Otan na rebelião do grupo Wagner
Presidente disse continuar acompanhando situação de perto; Rússia investiga motim
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, na 2ª feira (26.jun), que nem o país nem a Organização do Atlântico Norte (Otan) têm relação com a rebelião do grupo paramilitar Wagner contra o governo russo. A declaração aconteceu após o Kremlin informar que está investigando o envolvimento do Ocidente no motim.
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Segundo Biden, a Casa Branca realizou uma videoconferência com os aliados logo no início da rebelião para avaliar a situação e entrar em sintonia sobre as principais influências para o impasse do grupo com o governo russo. Na chamada, o democrata ressaltou que era importante não dar desculpas para que Moscou culpasse o Ocidente ou a Otan.
A suspeita do Kremlin acontece porque tanto Washington como a aliança militar estão entre os principais aliados da Ucrânia em meio à invasão russa. Durante a rebelião, Biden afirmou ter conversado com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, dizendo que estava acompanhando a situação na Rússia "de perto".
"Eu disse a Zelensky que não importa o que aconteça na Rússia, nós, nos Estados Unidos, continuaremos a apoiar a defesa e a soberania da Ucrânia e a sua integridade territorial. Vamos continuar a avaliar as consequências dos eventos deste fim de semana e as suas implicações na Rússia e na Ucrânia", disse Biden.
O impasse entre o grupo Wagner e o Kremlin começou na 6ª feira (25.jun), quando os mercenários tomaram o controle das instalações militares de Rostov, no sul da Rússia. Segundo o então líder,Yevgeny Prigozhin, a ação foi em resposta ao ataque de forças russas contra um dos acampamentos do grupo, que resultou na morte de vários integrantes.
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A rebelião durou cerca de 24h, sendo encerrada após um acordo entre Prigozhin e o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko - parceiro do Kremlin. O líder dos mercenários, que auxiliam na invasão na Ucrânia, explicou que o Kremlin aceitou retirar o processo criminal que havia sido aberto contra ele, além de descartar possíveis punições aos combatentes envolvidos na rebelião.