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ONU pede que Talibã suspenda execuções públicas no Afeganistão

Entidade afirmou que castigo corporal é uma violação da Convenção contra a Tortura

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Apesar de prometerem um regime mais moderado no Afeganistão, ao contrário do mandato de 1990, o Talibã continua anunciando restrições e aumento de punições | Salam Al-Janabi /Unicef
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A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu, nesta 2ª feira (8.mai), que o Talibã suspenda as execuções públicas no Afeganistão. A entidade também criticou outras punições realizadas no país, como agressões. Estima-se que 334 pessoas, incluindo duas crianças, tenham sido apedrejadas ou chicoteadas nos últimos seis meses.

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A maioria das punições foi relacionada com condenações por adultério e "fuga de casa". Outros castigos foram aplicados por delitos como roubo, homossexualidade, consumo de álcool, fraude e tráfico de drogas. Muitas das punições também foram praticadas contra menores de 18 anos, o que vai contra a lei internacional.

"O castigo corporal é uma violação da Convenção contra a Tortura e deve cessar. A ONU se opõe fortemente à pena de morte e encoraja o estabelecimento de uma moratória imediata sobre as execuções. Apelamos para que mais seja feito para respeitar os padrões internacionais de direitos humanos", disse Fiona Frazer, chefe de Direitos Humanos da Missão de Assistência da ONU no Afeganistão.

Em resposta, o governo Talibã afirmou que as leis do Afeganistão são determinadas conforme as regras e diretrizes islâmicas, respeitada por quase toda a população. Segundo a gestão, "no caso de um conflito entre a lei internacional de direitos humanos e a lei islâmica, o governo é obrigado a seguir a lei islâmica".

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Apesar de prometerem um regime mais moderado no Afeganistão, ao contrário do mandato de 1990, o Talibã continua anunciando restrições e aumento de punições, principalmente contra mulheres e meninas. No país, o grupo feminino já é proibido de estudar, trabalhar, viajar sem acompanhante e frequentar ambientes como parques e academias.

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