Franceses enfrentam 12ª greve nacional contra reforma da previdência
Paralisação acontece um dia antes do veredito do Conselho Constitucional sobre a medida
Camila Stucaluc
Os sindicatos franceses promovem, nesta 5ª feira (13.abr), mais um dia de greve geral contra a reforma da previdência. Esse é o 12º chamado das entidades, que continuam, juntamente com a organização de protestos, pressionando o governo para suspender a medida, aprovada em meados de março sem o aval do Parlamento.
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Segundo os sindicatos, a paralisação de hoje irá afetar o setor ferroviário, o tráfego aéreo e o transporte público, além de empresas de refinarias, portos e instituições de ensino. O setor de coleta de lixo, por sua vez, permanece paralisado desde o dia 7 de março, deixando toneladas de entulho pelas ruas da capital, Paris.
A 12ª greve nacional acontece um dia antes do anúncio do Conselho Constitucional, que irá decidir, na 6ª feira (14.abr), sobre a legalidade da reforma da previdência. Caso seja aprovado, o projeto poderá ser sancionado pelo presidente Emmanuel Macron, que já vem caindo nas pesquisas de aprovação entre os franceses.
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"Cerca de 2 milhões de trabalhadores, jovens e aposentados que se mobilizaram com determinação para denunciar esta reforma injustificada, já que os regimes de pensões não estão ?à beira da falência? como o governo afirma. O contexto é único. Neste clima de fortes tensões, descritas como crises democrática e social, o Executivo é o único responsável por uma situação explosiva em todo o país", afirmam os sindicatos.