China critica visita taiwanesa aos Estados Unidos e alerta para retaliação
País afirma que apoio de Washington à independência da ilha pode desencadear conflito inevitável
O governo chinês criticou, nesta 4ª feira (29.mar), a visita da presidente do Taiwan, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos. A ação, segundo Pequim, é vista como "provocação" do governo taiwanês e pode resultar em retaliação caso a política se encontre com o presidente da Câmara norte-americana, Kevin McCarthy.
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"Nós nos opomos firmemente a isso e definitivamente tomaremos medidas para revidar", disse Zhu Fenglian, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan da China. Em resposta, Tsai, que já embarcou para Washington, afirmou que a pressão externa de Pequim "não impedirá a determinação de Taiwan de ir ao mundo".
"Estamos calmos e confiantes, não cederemos nem provocaremos. Taiwan caminhará firmemente no caminho da liberdade e da democracia e entrará no mundo. Embora este caminho seja difícil, Taiwan não está sozinho", disse a presidente.
A visita de Tsai aos Estados Unidos acontece em meio à tensão com a China. Isso porque Pequim vem aumentando o discurso sobre "uma só China", na qual reivindica o território taiwanês. Apesar de não querer desencadear novos conflitos, Washington continua demonstrando apoio à independência da ilha, prometendo defesa em caso de invasão.
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No início de março, o governo chinês pediu aos Estados Unidos que "pisarem no freio" em relação à Taiwan caso não queiram descarrilar um conflito inevitável. "Se isso não acontecer, nenhuma quantidade de grades de proteção pode impedir o descarrilamento de um confronto. E quem irá arcar com as consequências catastróficas?", disse Pequim.