Igreja e restos de vila reaparecem com seca de reservatório na Espanha
País enfrenta longo período de seca e deve enfrentar novas ondas de calor e incêndios florestais neste ano
Enfrentando um longo de período de seca, a Catalunha, no nordeste da Espanha, registrou o ressurgimento de uma igreja e restos de uma antiga vila que estavam encobertos pela água do reservatório de Sau. Com o menor volume de água desde 1990, o local é só mais uma evidência das consequências dos últimos meses de chuvas abaixo da média.
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Segundo a agência meteorológica do país, a Aemet, a Espanha, provavelmente enfrentará mais um ano de ondas de calor e incêndios florestais.
"As primeiras previsões disponíveis para o verão de 2023 apontam para uma provável situação de temperaturas novamente acima do normal", disse o porta-voz da Aemet, Rubén del Campo, acrescentando que no próximo verão "o risco de incêndios pode ser muito alto devido às altas temperaturas".
Mas Del Campo destacou que o país já passou por secas severas em 2017, 2005 e no final dos anos 1990 e 1980.
"Para contextualizar, estamos em uma seca, mas já houve secas piores, o que não quer dizer que isso não seja importante", disse ele em entrevista coletiva.
Ainda segundo a Aemet, a Espanha é geograficamente propensa a altas temperaturas e secas, mas a mudança climática é um fator-chave. O país aqueceu 1,3 grau Celsius desde a década de 1960, um aquecimento perceptível durante todo o ano, mas especialmente no verão -- quando as temperaturas médias subiram 1,6 grau.
Mas pelo menos duas áreas, mais notavelmente o nordeste da Catalunha, estão sofrendo escassez severa.
O Ministério da Transição Ecológica da Espanha diz que, embora a situação seja "preocupante", não há restrições atuais de água potável em nenhuma parte e nenhuma está prevista para este ano.
* Com informações da Associated Press