Ex-policial de Londres é condenado à prisão perpétua por estupros em série
Preso desde 2021, David Carrick cometeu os crimes ao longo de 17 anos. Ele usava a posição de policial para intimidar as vítimas
SBT News
Um ex-agente da Polícia Metropolitana de Londres (LMP, na sigla em inglês) foi condenado nesta 3ª feira (7.fev) à prisão perpétua, com pena mínima de 32 anos, por dezenas de estupros e agressões sexuais.
Os crimes, cometidos entre 2003 e 2020, vieram à tona somente em 2021, após uma das vítimas denunciá-lo.
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Membro do grupo de elite da Scotland Yard, David Carrick, de 48 anos, trabalhava para Embaixadas e o Parlamento inglês e usava sua posição para ganhar a confiança de mulheres que conhecia em aplicativos de relacionamento e ocasiões sociais. Ele também usava desse mesmo cargo para intimidá-las e desacreditá-las após cometer os crimes.
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Em janeiro, o predador sexual se declarou culpado em 49 acusações, sendo 24 estupros. Ao proferir a sentença, a juíza do Tribunal da Coroa de Southwark Bobbie Cheema-Grubb disse que Carrick "aproveitou-se monstruosamente das mulheres" por trás de uma aparência pública de propriedade e confiabilidade.
"Você descaradamente estuprou e agrediu sexualmente várias mulheres, algumas de forma muito brutal, e se comportou como se fosse intocável. Você foi ousado e, às vezes, implacável, confiando que nenhuma vítima superaria sua vergonha e medo de denunciá-lo", afirmou ao condená-lo a 36 prisões perpétuas, sem a possibilidade de solicitar liberdade condicional antes de cumprir pelo menos 32 anos da condenação.
O caso, no entanto, é mais uma mancha na história da Polícia Metropolitana de Londres. O departamento enfrenta duras criticas desde o assassinato brutal de uma executiva, de 33 anos, por outro ex-policial, também condenado à prisão perpétua. O crime abalou a confiança na polícia britânica, alvo de centenas de pedidos de reforma que só aumentaram depois dos crimes de Carrick tornarem-se públicos.
* Com informações da Associated Press