Bolsonaro não comenta denúncia de Marcos do Val em evento nos EUA
Ex-presidente participou de evento conservador e voltou a atacar Lula
Eleonora Paschoal
Quem esperava ver um Jair Bolsonaro inflamado, comentando sobre os atuais acontecimentos políticos no Brasil, como a denúncia de Marcos do Val, se decepcionou. O ex-presidente, durante a palestra que fez no início da noite desta 6ª feira (3.fev), em Miami, repetiu praticamente o mesmo discurso que vem fazendo nos últimos tempos.
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Bolsonaro falou sobre como o Brasil reduziu a taxa de desemprego durante o governo dele, valorização da liberdade, respeito a autonomia dos médicos durante a pandemia, redução do preço da gasolina e taxa de inflação menor que a americana.
A apresentação foi promovida pela organização conservadora, TPUSA - Turning Point USA, que é apoiadora também do ex-presidente Donald Trump, e reuniu cerca de 600 pessoas, no resort Trump National Doral.
Foi somente durante os últimos 15 minutos da apresentação, tempo destinado a responder perguntas do fundador da organização, Charlie Kirk, que Jair Bolsonaro, foi um pouco mais ácido nas críticas, disse que a esquerda quer igualar a população na miséria, e que eles (a população) não têm culpa de estarem apoiando a esquerda porque foram educados para isso na escola.
Bolsonaro usou várias vezes a Venezuela como exemplo e disse que um expoente da política brasileira (referindo-se a Lula) contribuiu para que o país vizinho chegasse a situação em que se encontra, e ironizou: "nunca vi um petista fugindo para a Venezuela".
Enquanto falava que o discurso fácil, a promessa do paraíso arrasta muita gente, foi interrompido por uma pessoa da plateia que gritou: "picanha e cerveja", ao que Bolsonaro completou "em dezembro perdemos 430 mil empregos, e foram as pessoas mais pobres que ficaram desempregadas e, sem emprego, é sem cerveja e sem picanha". O ex-presidente ainda completou: "quanto menos o povo procurar os políticos, melhor para ele (povo)".
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