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Brasileiro leva Alemanha ao Oscar

"Nada de Novo no Front", produzido por Daniel Dreifuss, tem nove indicações, inclusive, Melhor Filme

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Filme Nada de Novo no Front
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Um brasileiro está levando a Alemanha ao Oscar em nove categorias diferentes. Ele também já foi responsável por colocar o Chile na premiação mais badalada do cinema. Hoje no Hollywood News você vai conhecer um pouco mais sobre o Daniel Dreifuss, que assina a produção de "Nada de Novo no Front".

No dia que foi divulgada a lista que mostrava que o filme acumulava nove indicações, nem Daniel conseguia acreditar. Essa já era uma vitória e um sonho que precisavam ser comemorados.

"O filme é alemão, mas a alegria é brasileira. Vai ser muito bonito e espero que eu possa representar o Brasil e qualquer pessoa que tenha um sonho. Eu cresci em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro vendo o Oscar pela TV, era outro planeta, outra realidade, agora estarei do lado de dentro da tela, participando da cerimônia", nos contou Dreifuss.

Daniel assina a produção de "Nada de Novo no Front", filme que representa a Alemanha no Oscar como Melhor Filme Internacional. Mas além de ser o grande favorito na categoria, concorre como Melhor Filme, Roteiro Adaptado, Trilha Sonora, Design de Produção, Som, Efeitos Visuais, Fotografia, Música Original e Cabelo e Maquiagem. 

"Nada de Novo no Front" concorre ao Oscar em 9 indicações | Divulgação/Netflix

"Nada de Novo no Front" foi baseado na obra do escritor alemão Erich Maria Remarque, lançado em 1928. A primeira versão para os cinemas, de 1930, já conquistou duas estatuetas do Oscar: Melhor Filme e Melhor Direção, para Lewis Milestone. O filme era falado em inglês, assim como a segunda adaptação, de 1979.

De volta às origens

Há pelo menos uma década, Daniel já tinha esse projeto na gaveta, e conseguiu voltar a ele há cinco anos. Mas, o redesenhou e decidiu batalhar para que retornasse ao texto original, para retratar de forma verdadeira a realidade da trama.

"É muito representativo da história da minha família, meu avô lutou na Primeira Guerra Mundial pela Alemanha, ele nasceu lá. E, em um momento, eu decidi que esse filme tinha que ser em alemão, voltamos ao texto original, na Alemanha", diz o produtor.

"Nada de Novo no Front" é um filme de guerra sem heróis, mas tem uma vilã muito clara: a própria guerra. Mostra os horrores do front sem poupar o espectador e como as vidas nada valem para quem tem apenas a caneta na mão e dá ordens de longe das trincheiras. No enredo, o destaque é para a noite anterior ao acordo de paz que encerrou a Primeira Guerra Mundial, em novembro de 1918. 

"É um filme anti-bélico, é um filme pela paz, pela humanidade. Acho que a gente está precisando disso", conta.

Mineiro Daniel Dreifuss faz sucesso em Hollywood | Foto/Cleide Klock

Mais uma vez na festa

Essa não é a primeira vez que Daniel Dreifuss participa da festa da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Há exatos 10 anos, levou o Chile a uma indicação de Melhor Filme Internacional, com "No". Estrelado por Gael Garcia Bernal, o longa conta como foi o plebiscito que tirou Augusto Pinochet do poder. Na época, Daniel também lutou para fazer a produção na língua original da trama.

Outro filme assinado por Dreifuss foi "Sérgio", com Wagner Moura e Ana de Armas. O longa  é sobre os últimos dias do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que morreu em Bagdá, em um ataque terrorista na sede da ONU, em 2003.

Brasil no Oscar?

E se a pergunta é: quando Daniel vai levar o Brasil também ao Oscar?

"Adoraria levar o Brasil ao Oscar. Desenvolver projetos no Brasil não foi fácil nos últimos anos. Tenho alguns projetos e adoraria encontrar parceiros para desenvolvê-los, espero que seja em breve", finaliza.

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