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Ucrânia afasta oficiais acusados de corrupção

Presidente do partido de Zelensky ameaça usar lei marcial contra corruptos

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Volodomir Zelensky
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Pelo menos dez oficiais do governo da Ucrânia deixaram os seus cargos, nesta 3ª feira (24.jan), depois de uma série de denúncias de corrupção. Um assessor do presidente Volodymyr Zelensky, quatro vice-ministros, além de cinco governadores apontados pelo governo central fizeram a lista de demissões e renúncias chegar a 15.

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Neste grupo, pelo menos, seis são acusados de corrupção. No último sábado (21.jan), o vice-ministro de Infraestrutura, Vasyl Lozinskyi, chegou a ser detido pela polícia. Ele é acusado de superfaturar o preço de geradores de energia. Investigadores encontraram 38 mil dólares em dinheiro vivo na casa dele, segundo a imprensa ucraniana.

Zelensky foi eleito com um forte discurso anticorrupção e prometeu anunciar medidas enérgicas nos próximos dias. "As coisas não voltarão a ser da maneira como eram", avisou o presidente, no seu último discurso noturno.

Transparência
Corrupção sempre foi um dos principais problemas da Ucrânia. O país está na posição 122 no ranking da Transparência Internacional, pior inclusive que o Brasil, que é o número 96.

Implementar políticas de transparência de governança é uma das condições da União Europeia para que a candidatura do país a integrante do bloco seja considerada. Na atual fase da Ucrânia, porém, essa luta pode ter implicações ainda mais sérias, como a perda de confiança dos países aliados que doam armamentos e dinheiro para o país.

David Arakhamia, líder do Servo do Povo, partido do presidente Zelensky, afirmou que o governo poderá usar a lei marcial em vigor no país para punir os corruptos. "Se não funcionar de uma maneira civilizada, será feito de acordo com as leis de guerra", afirmou, referindo-se ao fato de que a atual lei limita o direito de defesa e facilita as prisões sem o devido processo legal. 

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