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Brasil quer transferir para sede da ONU debate sobre robôs assassinos

Regulação de armas autônomas não avança em Genebra; saída seria levar negociação para Nova York

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Negociadores brasileiros do Grupo de Especialistas Governamentais (GEG) em armas letais autônomas tentam transferir as negociações sobre os "robôs assassinos" do escritório das Nações Unidas, em Genebra, para a sede da organização, em Nova York. A estratégia é uma tentativa para avançar em acordo de regulação, parado desde 2018 na Europa, considerando, que, nos EUA, está o Conselho de Segurança da ONU, um fórum de maior prestígio e hierarquicamente mais forte.

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O uso disseminado de drones em ataques na guerra da Ucrânia trouxe o alerta de urgência para negociadores internacionais - mesmo sem relatos de uso autônomo dos equipamentos. A tarefa do GEG é estabelecer recomendações sobre o uso operacional de armas capazes de decidir atacar a partir de programações anteriores de inteligência artificial.

Sabe-se até aqui que os "engenheiros" de armas autônomas usam técnicas de redes neurais profundas (deep learning), porém ainda é uma incógnita para os estudiosos sobre o tema em relação a extensão da autonomia dos drones. Paara a construção dos robôs há uma espécie de treinamento de algoritmos em milhares de dados de batalhas e ajustados para atirar sem interferência humana - hoje tal tecnologia é usada por exemplo na defesa de territórios.

Um indício de  que as armas letais autonômas estão em operação hoje em dia está em documento produzido por integrantes do Conselho de Segurança da ONU. No texto, há relatos de um drone modelo Kargu-2, de propriedade do governo da Líbia, perseguiu por conta própria um "alvo humano", em março de 2020.

Enquanto o Brasil tenta estabelecer regras para o uso, Estados Unidos, Rússia e China deixam provas inequívocas de se sentirem confortáveis com a falta de regulação. Países europeus, como a França e a Inglaterra, defendem alguns princípios para o uso das armas autonômas.

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