Em 2022, planeta esteve 1,2 °C mais quente que no período pré-industrial
É o oitavo ano consecutivo de aumento. Preocupação também cresce com proximidade do limite suportável, de 1,5 °C
Desde 1850, os últimos oito anos foram os mais quentes da história. Nesse período, 2022 foi o quinto mais quente em todo o mundo. Nessa média sobre o ano passado, a Europa despontou e teve o verão mais quente já registrado. Além dos recordes de temperaturas, houve de mortes. Foram 20 mil somadas em países como Inglaterra, Itália, Espanha, França e Croácia.
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As temperaturas da Europa aumentaram mais do que o dobro da média global nas últimas três décadas, conforme análise do Copernicus Climate Change Service (C3S), um órgão da União Europeia.
+ Os últimos 8 anos foram os mais quentes já registrados
Ainda sobre a média mundial, o CS3 alerta que, atualmente, o planeta está 1,2 °C mais quente do que no período pré-industrial -- antes do homem iniciar as intervenções de maior influência sobre o aquecimento global.
Lembrando que há consenso na ciência de que suportaríamos um aumento de 1,5 °C em relação ao período pré-industrial. Mais do que isso, colocaríamos em risco a produção de alimentos, por exemplo. Outra preocupação é o aumento de desastres naturais.
Devastação
Os países em desenvolvimento e as populações vulneráveis são, na realidade, os que mais sofrem com o aquecimento global. Além do calor, eles não têm infraestrutura adaptada para enfrentar outras consequências, como os desastres naturais.
Em 2022, no Paquistão, 1.700 pessoas morreram durante uma séria de enchentes. Na Somália, a seca simplesmente dizimou a população de gado.
Para diminuir o problema gradualmente, todos os países precisam buscar equilíbrio entre o que emitem e removem de gases de efeito estufa. Entretanto, segundo o C3S, as emissões globais continuam a aumentar. As concentrações de dióxido de carbono na atmosfera foram em média de 417 ppm em 2022, o nível mais alto em mais de 2 milhões de anos.
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